Plenário encerra fase de discussão sobre vetos do governador

O Plenário da Assembléia Legislativa encerrou, na manhã desta quinta-feira (11/9/2003), a fase de discussão de cinco ...

11/09/2003 - 14:13
 

Plenário encerra fase de discussão sobre vetos do governador

O Plenário da Assembléia Legislativa encerrou, na manhã desta quinta-feira (11/9/2003), a fase de discussão de cinco vetos do governador, três deles apresentados a projetos da reforma administrativa, um sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e um a projeto da deputada Maria José Haueisen (PT). As matérias continuam em pauta, agora na fase de votação - que deve começar na próxima quarta-feira (17), conforme afirmou da tribuna o líder do bloco PT/PCdoB, deputado Rogério Correia. Segundo ele, já existe acordo com a liderança do governo para votar as matérias. Correia disse que a data permitirá que os servidores públicos acompanhem a votação. A reunião de Plenário foi encerrada logo após o pronunciamento do deputado.

Na pauta, além dos cinco vetos às Proposições de Lei 15.579 (dispõe sobre a LDO), 15.580 (renegociação de despesa empenhada), 15.582 (dispõe sobre as despesas do Ipsemg) e 15.585 (trata do apostilamento dos servidores), está também o veto parcial do governador à Proposição de Lei 15.592, que dispõe sobre as formas de extinção e garantias do crédito tributário. Pelo Regimento Interno da Assembléia, esta proposição ainda não teve prazo de discussão esgotada, o que só ocorrerá dia 16, terça-feira, quando então tem de entrar em fase de votação. Os vetos têm 30 dias para serem apreciados, de acordo com o regimento. Se não o forem nesse período, entram na pauta do Plenário na chamada "faixa constitucional", o que os coloca em prioridade de votação sobre as outras matérias. Os vetos têm de permanecer em fase de discussão por até seis reuniões; encerrado esse prazo, eles matérias entram em fase de votação.

Polêmica no Plenário

Durante a discussão sobre o veto total à Proposição de Lei 15.577, que veda a inscrição do nome de consumidor de serviço público em cadastro de restrição ao crédito, o deputado Rogério Correia discursou sobre a venda de terras públicas no Norte de Minas. Ele comparou as decisões da Justiça para os sem-terra, "que são presos" e os aqueles que vendem terras públicas, "sem serem incomodados".

O deputado Irani Barbosa (PL), em aparte, criticou os comentários de Correia e também a atuação do deputado Durval Ângelo (PT) na presidência da Comissão de Direitos Humanos. Irani Barbosa acusou Durval de "acobertar bandido e pagar juiz". Rogério Correia pediu providências à Mesa, que era presidida, naquele momento, pelo deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), e exigiu que Irani provasse as acusações. Exigência do mesmo teor foi feita pelo deputado Chico Simões (PT), enfatizando que a Comissão de Ética, presidida por Dalmo Ribeiro Silva, precisa apressar a tramitação de um requerimento seu, que solicita a apuração das denúncias de Irani, com a apresentação de provas.

O deputado Dalmo Ribeiro anunciou a convocação de uma reunião extraordinária da Comissão para a próxima terça-feira (16/9), às 14 horas, para apurar os fatos. Entretanto, informou que a Comissão de Ética não recebeu qualquer pedido de Simões, que teria sido entregue, na verdade, na Comissão de Constituição e Justiça, onde aconteceu a primeira acusação de Irani Barbosa a Durval Ângelo.

 

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