Comissão ouve vigilante acusado de participar de venda de carteiras

A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa vai pedir que o Ministério Público acompanhe as investigaçõ...

04/09/2003 - 17:45
 

Comissão ouve vigilante acusado de participar de venda de carteiras

A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa vai pedir que o Ministério Público acompanhe as investigações da Polícia Civil sobre a suposta facilitação, por parte de policiais do Detran, para obtenção de carteiras de motoristas. A denúncia da venda de carteiras foi feita nesta quinta-feira (4/9/2003), durante depoimento prestado por Ronilson Alves dos Santos, de 33 anos, preso na última terça (2) portando um colete da Polícia Civil, cópias de carteiras de identidades e uma arma, que posteriormente constatou-se ser falsa. Ele funcionaria como um "avião", transportando dinheiro e documentos. A mulher de Ronilson, que não teve a identidade revelada, também falou aos deputados. Os depoimentos, a portas fechadas e com mais de uma hora de duração, serão mantidos em sigilo.

Ronilson Alves dos Santos, que afirmou ser vigilante, negou-se a dar informações concretas na presença do público e disse que está sendo ameaçado. "Ele e a esposa apresentaram novos dados, como endereços, que serão investigados. Pediremos à Polícia Civil cuidado especial na carceragem da Furtos de Veículos, onde está preso", afirmou o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT). O homem já havia sido ouvido pelos deputados, na delegacia, na quarta-feira (3), mas caiu em contradição em vários pontos do depoimento. Uma pista importante - e revelada na reunião a portas fechadas - seria a placa de um carro ocupado supostamente por três policiais, que teriam invadido a casa de Ronilson na presença da mulher e roubado uma televisão, em julho último.

Segundo o vigilante, seu envolvimento com a quadrilha começou por volta de 1996. "Tudo o que eu fazia era pegar os documentos e levar à clínica da rua Timbiras. Depois, pegava o dinheiro e levava no ponto de encontro, na Praça Sete", disse. Ele referiu-se ao Centro Médico e Psicotécnico (Cemdeps). O preço de cada carteira seria de R$ 700 e ele recebia R$ 40 pelo serviço. Os nomes dos envolvidos, revelados na presença do público, seriam "Celso", "Renato" e "Ênio".

Presenças - Participaram da reunião os deputados Sargento Rodrigues (PDT), presidente, Alberto Bejani (PL) e Rogério Correia (PT).

 

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