Está pronto para Plenário veto parcial a renegociação de despesas

Está pronto para ser apreciado pelo Plenário da Assembléia de Minas o Veto Parcial do governador à Proposição de Lei ...

02/09/2003 - 17:48
 

Está pronto para Plenário veto parcial a renegociação de despesas

Está pronto para ser apreciado pelo Plenário da Assembléia de Minas o Veto Parcial do governador à Proposição de Lei 15.580, que propõe a instituição de oferta pública de recursos como forma de renegociar o pagamento de despesas reconhecidas pelo Tesouro, relativas aos exercícios de 2002 e anteriores. O relator designado para emitir parecer sobre o veto, deputado Sebastião Helvécio (PDT), opinou por sua rejeição. Agora, o Plenário terá que apreciá-lo em turno único e em votação secreta e são necessários 39 votos (maioria absoluta da Assembléia) para derrubá-lo.

Fruto do PL 720/2003, do governador, que integra a reforma administrativa do Executivo, a proposição 15.580 institui a oferta pública de recursos como forma de renegociação de despesas do Tesouro, a fim de reduzir a dívida a ser paga mediante a obtenção de descontos a serem propostos pelos credores. O governador vetou o parágrafo 4º do artigo 2º, que proíbe o Estado de impedir, por meio de regulamento, a participação de qualquer credor na oferta pública de recursos. O trecho vetado é fruto de emenda do deputado Antônio Júlio (PMDB).

Justificativas - Nas razões do veto, o Executivo considera que o dispositivo vetado contraria as diretrizes da proposição, ao autorizar a participação de credores independentemente da natureza do crédito. O governador alega que alguns créditos não devem ser objeto de oferta pública, como os depósitos administrativos ou dívidas intragovernamentais, por vedação legal. Acrescenta que o objetivo é o pagamento de dívidas de relevante interesse público, como, por exemplo, o caso de fornecedores - que já se encontram em processo de não atendimento às demandas de bens ou serviços para o funcionamento da máquina administrativa estadual.

O autor da emenda, deputado Antônio Júlio, contestou o veto, afirmando que o Estado não pode determinar que algumas despesas serão pagas em leilão (oferta pública de recursos) e que outros credores poderão receber "na boca do caixa". O parlamentar defende que todos devem ser iguais perante o governo e teme que sejam beneficiados grandes credores, em detrimento dos pequenos. Após essa defesa, o relator, deputado Sebastião Helvécio, opinou pela rejeição do veto. Alegou que ele restringe a participação de credores e diminui a transparência do processo.

Tramitação - De acordo com o Regimento Interno da Assembléia, para derrubar um veto são necessários 39 votos contrários. O veto tramita em turno único e sua votação é sempre secreta. Antes de ser apreciado pelo Plenário, o veto é analisado por uma Comissão Especial. Se a Assembléia não votá-lo em 30 dias contados da data do recebimento da comunicação do veto, ele é incluído na ordem do dia de Plenário e tem prioridade na pauta sobre as demais matérias.

Presenças - Compareceram à reunião os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Chico Simões (PT), vice; Jayro Lessa (PL); Sebastião Helvécio (PDT); Antônio Júlio (PMDB); Domingos Sávio (PSDB); Antônio Carlos Andrada (PSDB); José Henrique (PMDB); Maria José Haueisen (PT); Olinto Godinho (PSDB); Dalmo Ribeiro Silva (PSDB); e Leonardo Quintão (PMDB).

 

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