Fiscalização Financeira aprova PL 721/2003 em 1º e 2º turnos

A Comissão de Fiscalização Financeira da Assembléia Legislativa aprovou nesta terça-feira (15/07/2003), pareceres de ...

16/07/2003 - 12:39
 

Fiscalização Financeira aprova PL 721/2003 em 1º e 2º turnos

A Comissão de Fiscalização Financeira da Assembléia Legislativa aprovou nesta terça-feira (15/07/2003), pareceres de 1º e 2º turnos ao Projeto de Lei (PL) 721/2003, do governador, que trata das formas de extinção e garantias do crédito tributário. O projeto altera leis sobre tributação no Estado.

Na reunião que apreciou a matéria em 1º turno, pela manhã, o relator, deputado Ermano Batista (PSDB), opinou pela aprovação com as emendas 40 a 41, subemendas 1 às emendas 17, 18, 19, 36 e 37, com a subemenda 2 à emenda 12, bem como pela rejeição das emendas 1, 11, 12, 17, 18, 19, 35, 36 e 37 e da subemenda 1 à emenda 12. O relatório acatou ainda as emendas 2 a 10 e 13 da Comissão de Constituição e Justiça, com as emendas 14 a 34, 38 a 39 mais a subemenda 1 da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte.

Já na reunião para apreciação de 2º turno, convocada logo após a aprovação do Plenário, à noite, a comissão aprovou o parecer do mesmo relator, deputado Ermano Batista, na forma do vencido em 1º turno. Ou seja, foi mantido o projeto com as emendas aprovadas pelos deputados em Plenário.

As alterações propostas pela Comissão de Fiscalização Financeira, segundo o relator, foram no sentido de manter o artigo 218 da Lei 6763/75. Este artigo prevê que nas transações entre o Estado e o contribuinte em débito, haja a participação de comissão de fiscais e do Ministério Público. O PL 721 acabava com essa exigência. A emenda 40 manteve a exigência, mas estabeleceu o prazo de 15 dias para que a comissão e o ministério se pronunciem.

Outras duas modificações propostas pela comissão são: o contribuinte em débito terá uma escala de acordo com o Fisco estadual, de acordo com o valor da multa e o seu potencial empresarial: retirada do "poder excessivo" do fisco, como por exemplo, a quebra de sigilo fiscal dos devedores jurídicos.

Com a aprovação das subemendas 1 às emendas 17, 18, 19, 36 e 37 ficaram prejudicadas as emendas 17, 18, 19, 36 e 37 e com a aprovação da subemenda 2 à emenda 12, ficaram prejudicadas a emenda 12 e a subemenda 1 à emenda 12.

O PL 721 possibilita a quitação de débitos tributários com descontos de até 70%, enquanto a Lei 6.763 previa 50% de desconto. Outra novidade da proposição é a possibilidade de pagamento das dívidas com precatórios. Durante a discussão do parecer, o deputado Ermano Batista lembrou que as emendas foram fruto do consenso entre os deputados e que nem a bancada governista e nem a de oposição poderiam aprovar nada sozinhas.

O deputado Chico Simões (PT), destacou que o projeto recebeu emendas que a bancada de Oposição não apresentaria, "mas mesmo assim conseguimos emplacar algumas que vão melhorar a arrecadação do Estado e diminuir a sonegação".

Ao ler o parecer, o deputado Ermano Batista lembrou que o projeto passou por uma verdadeira "decantação", devido às diversas visões sobre o assunto. O projeto foi fruto de uma negociação durante praticamente o dia todo, tendo recebido muitas sugestões, algumas que se transformaram em emendas e outras descartadas pelo relator. Dentro da própria Secretaria da Fazenda, havia grupos com posições diferentes, o que se configurou na intensa participação de servidores daquele órgão na Assembléia.

A oposição acusou o relatório da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, feito pelo deputado Antônio Júlio (PMDB), de estar favorecendo os grandes sonegadores. Mas Antônio Júlio se defendeu, garantindo que o objetivo de suas emendas foi retirar o excesso de poder do Fisco, que "trata os contribuinte como bandidos".

Presenças - Participaram da reunião os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PL), Chico Simões (PT), Gil Pereira (PP), Irani Barbosa (PL), José Henrique (PMDB), Sebastião Helvécio (PDT), Paulo César (PFL), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Antônio Genaro (PL), Adalclever Lopes (PMDB), Rêmolo Aloise (PL) e as deputadas Marília Campos (PT), Jô Moares (PCdoB) e Lúcia Pacífico (PTB).

 

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