Presidente afirma, após tumulto, que Casa continua aberta a
todos
"O acesso das pessoas à Casa é aberto e vai
continuar sendo", disse o presidente da Assembléia, deputado Mauri
Torres (PSDB), neste sábado (12/7/2003), após a reunião de Plenário,
de manhã. Um tumulto nas galerias aconteceu durante a reunião,
envolvendo manifestantes do Movimento pela Educação Popular (MEP),
grupo da Liga Operária Camponesa (LOC) que atua em defesa do
magistério. Eles agrediram verbalmente os deputados e jogaram
panfletos sobre os parlamentares, dentro do Plenário. Funcionários
da Coordenação de Orientação e Segurança da Assembléia pediram para
que eles se comportassem e formou-se um tumulto, já que os
manifestantes não atenderam ao pedido e continuaram com os
xingamentos. As pessoas tiveram de ser retiradas à força das
galerias.
Os manifestantes eram Gérson Antônio Guedes Lima
(cerca de 50 anos), Ademir Pires (37 anos), Guilherme Venâncio
Justino (28 anos) e Roberto Carlos Silva de Freitas (38 anos). Do
lado de fora do Plenário, na área contígua às galerias, eles
continuaram com as agressões verbais contra os deputados. O tumulto
foi contido pelos funcionários da Coordenação de Segurança, para
onde os quatro manifestantes foram levados. Por orientação do
presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), e do
deputado Sargento Rodrigues (PDT), a Polícia Militar foi chamada,
para que fosse registrada ocorrência do episódio. Os manifestantes
foram levados pelos militares do 1º Batalhão da PMMG para a
Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal (Deajec).
Ordem democrática
Em entrevista à imprensa, após a reunião de
Plenário, o presidente Mauri Torres comentou o episódio e afirmou
que a Coordenação de Segurança agiu de acordo com o Regimento
Interno da Assembléia. Os artigos 89 e 93 prevêem que "é competência
privativa da Mesa o policiamento do Palácio da Inconfidência" (que é
feito pela Coordenação de Orientação e Segurança) e das demais
dependências da Assembléia e que qualquer pessoa pode acompanhar as
reuniões de Plenário e das comissões, desde que decentemente
trajada. O parágrafo único do artigo 93 determina que "o presidente
fará sair das dependências da Assembléia a pessoa que perturbar a
ordem".
"O acesso das pessoas à Casa é aberto e vai
continuar sendo", disse o presidente, "mas, naturalmente, elas têm
de respeitar o Regimento Interno e a Constituição do Estado, para
que nós possamos ter a ordem democrática", ressaltou Mauri
Torres.
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