Policiais Civis voltam à Assembléia Legislativa
O diretor de comunicação do Sindicato dos
Servidores da Polícia Civil (Sindipol), Robert Willian, em visita ao
presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), nesta
terça-feira (08/07/2003) reiterou o pedido de desculpas à Casa e à
sociedade. Segundo ele, as declarações na manifestação do dia 25 de
junho, foram feitas pelos policiais civis num "momento de calor e de
emoção". Além disso, o objetivo da visita, de acordo com Willian,
foi demonstrar o interesse da Polícia Civil e do sindicato de
disponibilizar informações do banco de dados da polícia para
auxiliar a assembléia no desenvolvimento de projetos de Segurança
Pública e na apuração de denúncias da comissão de Direitos
Humanos.
Robert Willian afirmou que o diretor de tecnologia
e pesquisa da Polícia Civil, Lucas Gomes, irá participar das
reuniões da comissão de Direitos Humanos, a partir de agosto, com o
objetivo de acompanhar os trabalhos da comissão e encontrar formas
de apresentar propostas para os deputados. "É uma forma de levar
conhecimento sobre o que está acontecendo, o que está sendo
denunciado e investigado para os demais policiais e provar que a
assembléia está abrindo espaço para nós", disse Lucas Gomes. Ele
disse ainda que é preciso resgatar a credibilidade da Polícia Civil
no estado e, com o aumento da representatividade da classe dentro da
Assembléia, isso será possível.
O presidente do Sindipol, Antônio Marcos Pereira,
voltou a afirmar que as denúncias sobre a "banda podre" da polícia
civil devem ser investigadas para garantir este resgate de
credibilidade: "se o braço armado da população estiver desmotivado
para trabalhar, em função de rótulos colocados, a vítima será a
própria sociedade". Segundo Robert Willian, os policiais não querem
nenhum tipo de fórum privilegiado, apenas a garantia das
prerrogativas da classe para que eles possam executar seu trabalho
com dignidade.
O presidente da Assembléia de Minas, deputado Mauri
Torres (PSDB), avaliou positivamente o encontro com a diretoria do
sindicato dos policiais civis. "Nós precisamos sempre crescer com as
crises", disse ele, para quem a vinda dos policiais demonstrou o
reconhecimento dos exageros cometidos no ato da Polícia Civil; e o
interesse da categoria de ter um bom relacionamento com o Poder
Legislativo. Mauri Torres disse ainda que vão tramitar projetos de
interesse das polícias Civil e Militar e dos servidores públicos e,
dentro disso, a Casa vai poder votar projetos que estruturem as
polícias e fortaleçam os poderes constituídos para oferecer maior
segurança à sociedade.
Presenças - Participaram
da reunião, além do presidente Mauri Torres (PSDB), o deputado
Durval Ângelo (PT); o presidente e vice-presidente do Sindipol,
Antonio Marcos Pereira e Denilson Aparecido Martins; o diretor de
comunicação do Sindipol, Robert Willian; o diretor Intersindical do
Interior, Adilson Bispo; o diretor de Tecnologia e Pesquisa,Lucas
Gomes; e o diretor de mobilização e formação sindical, Valério
Schettino Valente.
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