Presidente e deputados reúnem-se com governador

"A manifestação de alguns policiais não foi contra o Poder Legislativo, mas contra a sociedade, contra a democracia e...

26/06/2003 - 21:40
 

Presidente e deputados reúnem-se com governador

"A manifestação de alguns policiais não foi contra o Poder Legislativo, mas contra a sociedade, contra a democracia e seus demais poderes constituídos". A afirmação é do presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), e foi feita nesta quinta-feira (26/6/2003), após o encontro que ele manteve no Palácio das Mangabeiras com o governador Aécio Neves, juntamente com demais membros da Mesa e os deputados Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos; Sargento Rodrigues (PDT), presidente da Comissão de Segurança Pública, e Rogério Correia (PT). Na reunião, solicitada pelo presidente Mauri Torres e pelos deputados, eles conversaram com o governador sobre as providências a serem tomadas em relação aos policiais civis que promoveram uma manifestação na porta da Assembléia, na quarta-feira (25/6/2003).

O presidente afirmou que o governador está determinado a punir os maus policiais civis e que reconhece o empenho do chefe da Polícia Civil, delegado Otto Teixeira Filho, nas ações que serão necessárias. "Eles (os policiais) aproveitaram um momento de comoção, pela perda brutal de um colega, para fazer uma manifestação isolada, que não nos intimida, não diminui a determinação da Assembléia em cumprir seu papel de defender os interesses da sociedade. As Comissões e os deputados têm nosso apoio para investigar e identificar os problemas não apenas da polícia mas do Estado, e que afetam toda a sociedade", afirmou o presidente. "O chefe da Polícia Civil está tomando as medidas cabíveis e os exageros serão apurados e punidos, de acordo com as normas disciplinares da corporação. O Ministério Público também já está no caso", disse o presidente.

Utilizando dezenas de viaturas, policiais civis chegaram à porta da Assembléia, no início da noite de quarta-feira (25/6/2003), com sirenes e luzes ligadas e pararam o trânsito na região durante quase uma hora. Em cima de um carro de som, de frente para o Palácio da Inconfidência, vários policiais revezaram-se gritando palavras de ordem contra bandidos, e também contra diversos deputados, com insultos e ofensas pessoais não apenas aos parlamentares mas às suas famílias, e ainda fizeram ameaças em tom de ironia, com críticas ao trabalho das Comissões de Direitos Humanos e de Segurança, afirmando que os deputados só defendem bandidos.

 

 

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