Presidente afirma que ato da polícia foi fato isolado
Abaixo, a íntegra do pronunciamento feito pelo
presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Mauri
Torres (PSDB), ao encerrar a Reunião Extraordinária da noite de
quarta-feira (25/06/2003), durante a qual vários deputados
discursaram comentando o ato de policias civis em frente à
Assembléia, realizado no início da mesma noite:
"A Presidência esclarece ao Plenário que todas as
iniciativas com relação ao episódio de hoje (obs.: quarta-feira,
25) à tarde, que lamentamos muito, já foram tomadas, em contatos
com S. Exa., o Governador, e com outras autoridades do Estado.
Naturalmente, continuaremos tomando as devidas providências.
Aproveito a oportunidade para levar os sentimentos
desta Presidência e desta Casa à família enlutada do policial civil
sepultado hoje, o que também lamentamos muito. Essa situação não
ocorre apenas na Polícia Civil, mas também na Polícia Militar, no
Judiciário, no Ministério Público e, inclusive, com a classe
política, já que alguns de seus membros foram assassinados pelo
crime organizado. Enfim, esse fato, infelizmente, está ocorrendo com
toda a sociedade brasileira, o que é lamentável. Mas esperamos que a
força deste e de todos os parlamentos do País possa servir para
consolidar o regime democrático brasileiro.
Na reunião de amanhã (obs.: quinta-feira, dia
26), às 9 horas, trataremos novamente desse assunto, quando
teremos mais Deputados na Casa. Quando o Plenário estava cheio, a
Presidência estava em contato com o Governador solicitando
providências, que certamente serão tomadas exemplarmente.
Às vezes, fato isolado de desequilíbrio de membro
de corporação ou parlamento não pode atingir a toda essa corporação,
que sabemos tem compromisso com a sociedade e com o povo do nosso
Estado. Lamentamos o fato ocorrido, mas temos certeza de que todos
estamos imbuídos em fortalecer o sistema democrático brasileiro. Até
porque na história da nossa República estamos passando pelo período
mais longo de democracia que vivemos.
Quem não viveu o regime autoritário não sabe o que
é crescer, dos 13 aos 40 anos, sem ter podido votar para Presidente
da República e viver os episódios que todos vivemos. Esse episódio
leva ao fortalecimento de todos nós, para que a classe política, se
una indiferentemente das cores partidárias e das lideranças
políticas em favor dos interesses maiores da sociedade, que é o
fortalecimento do exercício democrático e do direito de ir e vir de
cada um dos nossos cidadãos."
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