Assembléia tem nove reuniões de Comissões nesta terça-feira (24)

Reforma administrativa, teto salarial, licença maternidade para mãe adotiva, insegurança no transporte coletivo, acid...

23/06/2003 - 23:47
 

Assembléia tem nove reuniões de Comissões nesta terça-feira (24)

Reforma administrativa, teto salarial, licença maternidade para mãe adotiva, insegurança no transporte coletivo, acidentes com barragens de hidrelétricas, contratos de arrendamento de terras devolutas. Estes são alguns temas que serão discutidos pelas comissões da Assembléia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (24/6/2003). Das nove comissões que têm reuniões agendadas, quatro são com convidados. Entre as presenças já confirmadas nas reuniões de comissão, está o secretário de Planejamento e Gestão, Antônio Augusto Anastasia, que participa, às 15 horas, do debate na Comissão Especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48/2003. Também confirmou presença Renato Barros, líder sindical do funcionalismo estadual.

Teto salarial - Outros dois projetos que tratam do serviço público estadual estão na pauta da Comissão de Administração Pública, que tem reunião marcada para 10 horas, no Plenarinho IV. O Projeto de Lei (PL) 19/2003, de autoria do governador Aécio Neves, estabelece teto salarial para os servidores do Poder Executivo. Pela proposta original, a remuneração dos servidores ativos e inativos, incluindo todas as vantagens pessoais, fica limitada ao valor do salário do governador, que é de R$ 10,5 mil mensais.

O relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça, deputado Ermano Batista (PSDB), apresentou substitutivo propondo que a remuneração do servidor fique limitada a 90% do salário dos secretários de Estado, que ganham R$ 8,5 mil por mês. Depois de receber parecer da Comissão de Administração Pública, o projeto segue para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, para então ser votado em 1º turno, no Plenário.

Licença maternidade - Também está na pauta da Comissão de Administração Pública o Projeto de Lei Complementar (PLC) 2/2003, do deputado Célio Moreira (PL), garante licença remunerada de 120 dias para a servidora pública estadual que adotar ou obtiver guarda judicial de criança. O projeto já foi votado em 1º turno no Plenário e, agora, aguarda parecer de 2º turno da Comissão de Administração Pública, antes de ser votado novamente pelo Plenário.

Violência no transporte público

A Comissão de Segurança Pública vai debater a falta de segurança e a violência que vêm sofrendo taxistas, motoristas e cobradores de ônibus e, conseqüentemente, os usuários desses meios de transporte. O autor do requerimento que motivou a realização da reunião é o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT).

Foram convidados para a reunião: o secretário de Estado de Defesa Social, desembargador Lúcio Urbano; o comandante de Policiamento da Capital, coronel PM Reinaldo Martins; o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH), Iraci de Assis Cunha; o presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha; o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana, Geraldo Mascarenhas Machado; e o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir), Isaías Pereira.

A reunião será no Plenarinho III, a partir das 10 horas.

Constituição e Justiça

A Comissão de Constituição e Justiça tem na pauta desta terça-feira 162 projetos, para serem analisados e receber parecer. O presidente da Comissão, deputado Sebastião Navarro Vieira (PFL), afirmou que nem todos os projetos serão analisados na reunião desta terça. Mas a Comissão já tem reuniões extraordinárias convocadas para quarta (25) e quinta-feira (26), com o objetivo de analisar o maior número possível de projetos e votar os pareceres.

Estão na pauta, entre outros, os projetos de lei 229/03, do deputado Rogério Correia (PT), que estrutura a carreira do pessoal da educação; 118/03, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que dispõe sobre o teste de HIV no pré-natal; 314/03, do deputado Leonardo Quintão (PMDB), que dispõe sobre a instalação de recipientes coletores de baterias usadas de celulares; 317/03, também de Leonardo Quintão, que torna obrigatório o ensino de espanhol nas escolas públicas estaduais; 374/03, do deputado Durval Ângelo (PT), que dispõe sobre o incentivo fiscal para pessoas jurídicas que empreguem trabalhadores presos e egressos. A reunião acontece às 10 horas, no Auditório.

PEC 48 extingue benefícios por tempo de serviço e cria novos mecanismos

A Comissão Especial da PEC 48/2003 reúne-se com o secretário de Planejamento e Gestão, Antônio Augusto Anastasia, entre outros convidados, para debater a proposição, que integra a reforma administrativa do Estado e extingue o quinqüênio e outros benefícios adquiridos exclusivamente por tempo de trabalho no serviço público estadual. Para substituir o qüinqüênio, essa PEC cria outros incentivos para o servidor, como o adicional de desempenho e o prêmio por produtividade, a serem concedidos mediante aprovação na avaliação de desempenho. Para os atuais servidores, ficam mantidos quinqüênios, biênios, trintenários e férias-prêmio. Ficam sujeitos a essas modificações apenas os trabalhadores que ingressarem no serviço público após a promulgação da PEC.

Para colher subsídios para a elaboração do parecer sobre a proposta, os integrantes da comissão decidiram debater o assunto com autoridades e especialistas. Até o momento, estão confirmadas as presenças do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Antônio Augusto Anastasia; e do coordenador intersindical dos funcionários públicos do Estado, Renato Barros. Também foram convidados para a reunião o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gudesteu Biber Sampaio; o procurador-geral de Justiça, Nedens Ulisses Viana; o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel; e o advogado e professor de Administração Pública na UFMG, Pedro Paulo Dutra.

Acidentes Ambientais

A Comissão Especial dos Acidentes Ambientais debate a situação das barragens de usinas hidrelétricas. A comissão foi criada para proceder a estudos sobre a atuação dos órgãos ambientais na prevenção de acidentes e nas atividades de risco, bem como avaliar o sistema ambiental e propor medidas para sua melhoria. Já foram realizadas reuniões para discutir barragens de rejeitos de mineradoras e para ouvir os representantes de órgãos ambientais. A comissão deve realizar audiência pública em julho, em Uberaba, para discutir o acidente com a carga tóxica de metanol derramada em riacho da cidade, devido a um descarrilamento de trens da Ferrovia Centro-Atlântica.

Para a reunião foram convidados o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer; o presidente da Cemig, Djalma Morais; o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Humberto Candeias Cavalcanti; o gerente-geral de Implantação e Operação da Companhia Vale do Rio Doce, José Maciel Duarte Paiva; e o presidente do Movimento dos Atingidos por Barragens, Padre Antônio Claret.

A reunião acontece às 14h30, no Plenarinho IV.

Comissão de Política Agropecuária debate terras devolutas

A situação das terras devolutas no Estado é o tema da reunião da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial. A reunião atende a requerimento dos deputados petistas Rogério Correia e Padre João e tem como objetivo discutir a questão das terras devolutas arrendadas pelo Estado. Segundo o Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter), existem 11 milhões de hectares de terras presumivelmente devolutas no Estado.

As terras devolutas são as áreas que não são de domínio particular mas também não são utilizadas pelo Estado. A origem dessas áreas remonta ao período colonial, em que a Coroa portuguesa doava grandes lotes de terra para a colonização, as sesmarias. Muitas dessas sesmarias não foram confirmadas por seus beneficiários e passaram a ser consideradas áreas devolutas. Boa parte dessas terras foram arrendadas para grupos empresariais e fazendeiros.

A Cimento Tocantins S/A, por exemplo, empresa do grupo Votorantim, tem registrada uma área devoluta de 46 mil hectares em Unaí, no Noroeste do Estado. Para o Iter, a área é devoluta porque sua documentação de posse foi considerada irregular por uma portaria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A empresa nega que a documentação seja irregular.

Outros 240 mil hectares de terras devolutas foram cedidas a empresas de reflorestamento por meio de 92 contratos de arrendamento, firmados entre 1975 e 1987. Destes contratos, 36 já chegaram ao final. A Gerdau, que tem 2,4 mil hectares dessas terras, é uma das empresas que manifestaram interesse em devolver a área arrendada.

Foram convidados para a reunião o diretor do grupo Gerdau em Divinópolis, Luiz Alberto Morsoletto; o gerente da Cimento Tocantins, Alcides Dias Filho; o presidente do Iter, Luís Chaves; o presidente da Ruralminas, Eduardo Brandão; o superintendente regional do Incra, Marcos Helênio; e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg).

A reunião acontece no Plenarinho III, a partir das 15 horas.

 

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