| Principais impostos do sistema tributário serão debatidos no 
            Seminário A proposta do governo federal para o sistema 
            tributário nacional é o tema do segundo dia (17/06/2003) do 
            Seminário Legislativo "Minas na reforma Tributária", que a 
            Assembléia Legislativa promove de 16 a 18 de junho. Serão tema de 
            palestras e debates as alterações dos principais impostos do sistema 
            brasileiro - ICMS, CPMF, ITR, ITBI, ITCD e imposto sobre grandes 
            fortunas, a importância da tributação justa sobre a renda e outros 
            pontos que não constam da proposta do governo. Um dos participantes do painel "Proposta do governo 
            federal para o sistema tributário nacional", será o advogado 
            tributarista José Eustáquio Passarini de Resende, que pretende 
            enfocar as mudanças no ICMS, que altera o sistema tributário 
            nacional. Ele também analisará as conseqüências que poderão surgir 
            para o comércio e os contribuintes em geral, tais como: a 
            determinação de que o princípio da não-cumulatividade seja definido 
            por Lei Complementar; limitação, em número de cinco, das alíquotas 
            do ICMS; a obrigação de recolhimento pelo contribuinte do 
            diferencial de alíquota devido ao Estado de destino na operação 
            interestadual; e a destinação do ICMS na operação de importação. Edwaldo Almada de Abreu, vice-presidente da 
            Federação da Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e 
            presidente do Conselho de Política Tributária da entidade, também 
            participa do painel de terça-feira (17/6/2003). Ele vai abordar, 
            entre vários tópicos, o possível aumento da carga tributária. 
            Segundo ele, a proposta do governo apresenta alguns progressos como 
            a busca pela desoneração das exportações e a tentativa de por fim à 
            guerra fiscal por meio da federalização da legislação do ICMS. 
            Entretanto, de acordo com ele, a proposta não reduz o número de 
            tributos existentes e deixa a possibilidade de criação de outros, 
            além de não trazer grandes indícios de simplificação ou redução de 
            obrigações acessórias. Sindifisco afirma que reforma do governo é 
            superficial Para Antônio de Pádua Silva, presidente do 
            Sindicato dos Fiscais e Agentes Fiscais de Tributos do Estado de 
            Minas Gerais (Sindifisco), a reforma tributária apresentada pelo 
            governo é superficial e contraditória, não atacando os problemas, 
            defeitos e distorções do atual sistema tributário nacional. Segundo 
            o palestrante do seminário, a proposta apenas altera alguns pontos 
            do ICMS, torna permanente o imposto provisório (CPMF) e sinaliza, de 
            forma difusa, para uma progressividade em alguns impostos sobre a 
            propriedade.  De acordo com Antônio de Pádua, do ponto de vista 
            prático, a proposta do governo não altera os pontos fundamentais do 
            sistema que deveriam ser modificados. "Não há sinalização de redução 
            da carga tributária nem tampouco alteração do perfil, o que implica 
            na manutenção de um sistema cuja tributação está assentada 
            fortemente no consumo, tributando, de forma inadequada e baixa, a 
            renda e praticamente deixando imune o patrimônio", opina. Seminário - O Seminário 
            Legislativo "Minas na Reforma Tributária", que está sendo promovido 
            pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais (Alemg), acontece de 16 
            a 18 de junho, com o objetivo de discutir as propostas para a 
            reforma tributária do governo federal e apresentar sugestões da 
            sociedade organizada mineira sobre o tema. Ao todo, foram computadas 
            950 inscrições. Como parte da programação, no último dia do evento, 
            o presidente da Alemg, deputado Mauri Torres (PSDB), entregará um 
            documento final contendo as principais propostas discutidas durante 
            a fase de debates, sintetizadas pelos grupos temáticos. O documento 
            será entregue ao deputado federal Virgílio Guimarães (PT/MG), 
            relator da Comissão Especial da Reforma Tributária na Câmara dos 
            Deputados, e também a outros representantes dos poderes Legislativo 
            e Executivo em Brasília.    
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