Comissão suspende trabalhos até receber dados solicitados ao TCMG

A Comissão Especial do Tribunal de Contas aprovou requerimento, na reunião desta terça-feira (27/5/2003), suspendendo...

27/05/2003 - 16:30
 

Comissão suspende trabalhos até receber dados solicitados ao TCMG

A Comissão Especial do Tribunal de Contas aprovou requerimento, na reunião desta terça-feira (27/5/2003), suspendendo seus trabalhos por até 30 dias, para aguardar o recebimento das informações solicitadas ao TCMG sobre a estrutura administrativa e o funcionamento daquele órgão, desde 2000. O requerimento da suspensão segue agora para o Plenário. Segundo o relator, deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), a obtenção dos dados é um passo essencial para a elaboração do relatório final. O requerimento sobre as informações foi aprovado pela comissão no dia 1º de abril e, pelo Plenário, em 6 de maio, quando pôde ser enviado formalmente ao Tribunal.

A primeira reunião da Comissão Especial ocorreu em 25 de março, e o prazo para conclusão dos trabalhos, de 60 dias, foi prorrogado por mais um mês na reunião de 6 de maio. "O objetivo é avançar na análise da atuação do TCMG, propondo formas de melhorá-la. O trabalho é não só ouvir convidados em audiências, como fazer o contraponto com dados objetivos, que reflitam a realidade do órgão", afirmou o relator.

Deputados destacam integração do TCRS com outros órgãos

Os deputados Sebastião Navarro Vieira (PFL), presidente da Comissão Especial, e o deputado Rogério Correia (PT) visitaram o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCRS), na última sexta-feira (23). Os parlamentares destacaram que o TCRS é um dos mais atuantes do País por exercer a fiscalização de maneira efetiva. Durante a visita, eles receberam um extenso relatório sobre o funcionamento e a estrutura daquele órgão. O material foi encaminhado ao relator, Antônio Carlos Andrada, que analisará a documentação.

"O Tribunal trabalha com o apoio do Ministério Público e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em especial de sua 4ª Câmara Criminal", destacou Rogério Correia, que relatou a viagem. "A boa relação permite julgamentos mais ágeis que em Minas", disse, acrescentando que, naquele Estado, dez prefeitos já cumprem pena em regime fechado. Em Minas, segundo o procurador Gilvan Alves Franco, da Procuradoria de Justiça Especializada de Crimes Praticados por Prefeitos, ainda não existem denúncias sobre violação à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os deputados Fábio Avelar (PTB) e José Henrique (PMDB) endossaram a importante atuação da 4ª Câmara no Rio Grande do Sul.

Legislativo - Segundo análise do presidente Sebastião Navarro Vieira, o relacionamento é próximo também com o Legislativo do Rio Grande do Sul. O deputado Rogério Correia explicou que uma comissão daquele Tribunal acompanha as atividades da Comissão de Finanças, de forma a antecipar demandas na área de fiscalização. Outro destaque, de acordo com Rogério Correia, é a aproximação com a sociedade: "O Tribunal distribui cartilhas que orientam a comunidade a ajudar na atividade de fiscalização".

Òrgão é auxiliado por regionais de auditoria

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul fiscaliza 1.137 órgãos do Executivo (administração direta e indireta) e Legislativo dos 497 municípios daquele Estado. O TCRS criou nove serviços regionais de auditoria, além de Porto Alegre, sede do órgão. Além de programar e realizar auditorias in loco, as regionais relatam a visita e a montagem dos processos em que atuam, incluem e alteram informações no banco de dados e analisam a viabilidade de tramitação conjunta dos processos de admissões, quando se constata matéria conexa a outros processos em tramitação do Tribunal.

"Com a fiscalização descentralizada, o Tribunal realiza, no mínimo, um procedimento de auditoria por ano em cada órgão ou entidade fiscalizada. A análise não é apenas formal. Em cada regional tem, por exemplo, um engenheiro para verificar custos de obras feitas", analisou o deputado Sebastião Navarro Vieira. Ele ressaltou que não é permitido aos técnicos, durante as auditorias, dar orientação às prefeituras, que devem procurar diretamente o Tribunal. O órgão orienta ainda as prefeituras a estabelecerem controladorias internas, conforme a possibilidade orçamentária, para que estas se responsabilizem, junto com o prefeito, pelo controle das despesas.

Auditores - Além dos sete conselheiros, o TCRS é integrado por auditores substitutos de conselheiros; corpo técnico de auditores públicos externos, admitidos via concurso público; e serviços auxiliares, incluindo o Ministério Público junto ao Tribunal. São, ao todo, 822 servidores - número classificado por Rogério Correia como suficiente. São terceirizados apenas os setores de segurança e limpeza.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Sebastião Navarro Viera (PFL), presidente da comissão, Fábio Avelar (PTB), Antônio Carlos Andrada (PSDB), Rogério Correia (PT) e José Henrique (PMDB).

 

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