Comissão vai a Uberlândia apurar expulsão de trabalhadores
rurais
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa vai à Uberlândia nesta sexta-feira (23/5/2003) saber por
que várias famílias de trabalhadores rurais foram expulsas de terras
improdutivas no começo deste ano. Os trabalhadores são ligados a
movimentos de luta pela terra. O requerimento para realização da
reunião foi do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT).
O encontro será a partir das 9h30, no auditório da Câmara Municipal
de Uberlândia (Av. João Naves de Ávila, 1.617, Bairro Santa Mônica).
O prefeito de Uberlândia, Zaire Rezende, e o
presidente da Câmara Municipal da cidade, vereador Sérgio Lúcio de
Almeida, foram convidados a participar da reunião. Também foram
chamados os seguintes convidados: o superintendente Regional do
Incra, Marcos Helênio Leoni Pena; o juiz da Vara de Conflitos
Agrários, Cássio de Souza Salomé; o procurador de Justiça e
coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de
Direitos Humanos, Conflitos Agrários e Apoio Comunitário, Afonso
Henrique de Miranda Teixeira, e o líder do MST em Uberlândia, Edson
Moura dos Santos.
Segundo matéria divulgada na imprensa, o MST acusa
um grupo armado, que seria constituído de 17 pessoas, de invadir os
acampamentos dos trabalhadores rurais nos municípios de Santa
Vitória e Campina Verde. O grupo teria sido contratado por
fazendeiros da região para destruir os acampamentos e expulsar os
trabalhadores rurais sem terra. O Ministério Público já ofereceu
denúncia contra 16 pessoas, e a acusação é de desocupação forçada
das famílias acampadas, com uso de armas de fogo, foguetes e rojões,
além de agressões e ameaças de morte aos trabalhadores. A denúncia
do Ministério Público cita a desocupação da Fazenda Inhumas
Sanharão, em Campina Verde, e da Fazenda Bebedouro, em Santa
Vitória, ocorridas em março deste ano.
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