Fundo da Infância e Adolescência precisa de recursos do Estado

Foi lançado, oficialmente, nesta quinta-feira (15/5/2003), no Teatro da Assembléia Legislativa, o Plano Estadual de E...

15/05/2003 - 17:53
 

Fundo da Infância e Adolescência precisa de recursos do Estado

Foi lançado, oficialmente, nesta quinta-feira (15/5/2003), no Teatro da Assembléia Legislativa, o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes do Estado de Minas Gerais. Trata-se de um documento organizado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Minas Gerais (Cedca), através da Frente de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, que tem como objetivo estabelecer um conjunto de ações práticas e articuladas entre a sociedade civil e o governo.

O presidente do Cedca, Geraldo Gonçalves Oliveira Filho, disse que um bom começo para que o plano saia do papel é garantir que o Fundo da Infância e Adolescência (FIA) receba verbas do tesouro estadual, o que, segundo ele, não vem acontecendo desde que o fundo foi criado. A Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, da qual fazem parte os deputados André Quintão, Laudelino Augusto e Rogério Correia, do PT, seus idealizadores, mais 40 outros deputados, vai atuar diretamente na execução do plano, garantiu André Quintão. Deputados e participantes ressaltaram que o momento é propício para se discutir a questão, uma vez que o governo está elaborando o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG).

O coordenador das Promotorias de Defesa da Infância e Juventude, Ronald Albergaria, lembrou que o combate à exploração infantil nada mais é que o cumprimento do artigo 227 da Constituição Federal, que estabelece a proteção a crianças e adolescentes como dever da família, da sociedade e do Estado. Segundo ele, a questão é complexa porque depende de uma reestruturação inclusive dos instrumentos legais hoje disponíveis para se punir os agressores. "Não existe instrumento para garantir, por exemplo, que um pai que violenta o filho perca imediatamente o pátrio poder", alertou. Segundo ele, é preciso aumentar também o número de promotores e varas especializadas no Estado.

A primeira ação proposta no plano é a realização de pesquisas quantitativas e qualitativas regionais para saber sobre a incidência, as modalidades e as causas da violência sexual em suas duas vertentes: exploração sexual comercial (tráfico, turismo sexual, pornografia) e abuso sexual familiar e extra-familiar. Foram impressas 10 mil cópias do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, que serão distribuídas a todos os municípios mineiros, através dos conselhos tutelares, prefeituras e entidades ligadas ao tema.

 

 

 

 

 

 

 

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