Deputado Paulo Piau anuncia filiação ao Partido
Progressista
O deputado Paulo Piau anunciou nesta quinta-feira
(15/5/2003), em entrevista coletiva, sua filiação ao Partido
Progressista (PP). Com o ingresso do parlamentar, o PP passa a
constituir bancada, com cinco deputados, e a distribuição partidária
das comissões permanentes da Assembléia terá que ser revista. Os
deputados presentes disseram que as discussões nesse sentido devem
começar na próxima semana, com uma conversa com o presidente Mauri
Torres (PSDB).
Paulo Piau considerou sua saída do PFL "doída e
traumática". O deputado, que nunca havia trocado de partido, disse
que a Executiva Nacional do PFL desrespeitou Minas Gerais,
pressionando contra a permanência do vice-governador do Estado,
Clésio Andrade, na presidência do diretório estadual. Depois de dois
meses sem partido, Piau justificou sua filiação por se identificar
com as propostas do PP. Segundo ele, o partido pode alavancar
projetos importantes para os municípios mineiros, dentro do projeto
do governador Aécio Neves.
Os novos colegas de partido, Alberto Pinto Coelho,
líder do Governo, Dimas Fabiano, Gil Pereira e Pinduca Ferreira,
além do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Odelmo Leão Carneiro, deram as boas-vindas a Paulo
Piau e ressaltaram suas qualidades, em especial a contribuição que
poderá dar para o desenvolvimento do agronegócio em Minas, área de
atuação do deputado. "O agronegócio é o grande negócio para Minas e
o governador Aécio Neves está atento a isso", disse.
Sobre os projetos da reforma administrativa, do
governador Aécio Neves, que chegaram à Assembléia de Minas nesta
quinta (15), o líder do Governo disse que a bancada comunga com a
essência das propostas, o que não impede que discuta e aponte
melhoramentos. "O governo não quis arranhar direitos adquiridos e
nem expectativa de direitos. A motivação para a reforma foi a
modernização do Estado. A tônica é a busca do superávit e a
valorização do servidor", defendeu ele. Para o deputado, a única
exceção é o fim do apostilamento. Segundo Alberto Pinto Coelho, no
entanto, hoje são gastos R$ 66 milhões por ano com o benefício.
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