Direitos Humanos viaja a Bom Jesus do Galho e Ponte
Nova
A Comissão de Direitos Humanos vai viajar a duas
cidades do interior de Minas - Bom Jesus do Galho, nesta
quinta-feira (15/5/2003), para investigar questões policiais; e
Ponte Nova, na sexta (16), para apurar denúncias envolvendo a cadeia
pública e a construção da Usina Hidrelétrica de Candonga. Em Bom
Jesus do Galho, haverá uma audiência pública, às 18 horas, no
auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, à rua Coronel Pedro
Lucas, 115 - Centro. Serão debatidas as denúncias de aumento da
criminalidade, principalmente de roubo de gado, furtos e de que a
Polícia Militar não estaria conseguindo atender a contento essas
demandas.
Já na sexta-feira, a comissão realiza duas visitas:
às 9 horas, vai à Barragem de Candonga para verificar a situação das
famílias atingidas pelas obras da hidrelétrica local, além de apurar
denúncia do desaparecimento de João Caetano dos Santos no canteiro
de obras dessa usina; às 14 horas, os deputados vão à Cadeia Pública
de Ponte Nova para apurar denúncia de superlotação e condições
precárias a que estariam submetidos os presos. Vão averiguar, ainda,
o desfecho da rebelião que ocorreu na cadeia em dia 22 de abril,
quando dois presos foram baleados e um teria se enforcado. A
audiência pública e as visitas partiram de requerimentos do deputado
Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Alemg já promoveu debates -
No caso da barragem de Candonga, vários envolvidos com a questão já
haviam feito denúncias numa reunião conjunta dessa comissão com a de
Meio Ambiente e Recursos Naturais, no dia 29 de abril. Ativistas do
movimento de atingidos por barragens, eclesiásticos, técnicos
ambientais, militantes da Pastoral da Terra e professores
universitários relataram episódios de prepotência na negociação
entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a indústria de alumínio
Alcan e as famílias de agricultores desalojadas pela construção da
usina de Candonga, no Rio Doce, que vai inundar 283 hectares.
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