Presidente nacional do PT diz que decisão do partido é
lei
O PT tem duas posições desde sua fundação: debate
tudo e, tiradas as conclusões, todos são obrigados a segui-las,
torna-se uma lei. A declaração foi feita pelo presidente nacional do
partido, deputado federal José Genoíno, em entrevista coletiva nesta
sexta-feira (9/5/2003), na Assembléia Legislativa do Estado de Minas
Gerais, ao falar sobre as dificuldades que o governo pode enfrentar
com os aliados na questão das reformas da Previdência e tributária.
Ele informou que o partido vai "fechar" essas questões e votar
unido, defendendo o projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
que foi acordado com os 27 governadores de Estado.
Apesar de destacar a importância da atuação dos
governadores junto às suas bancadas no Congresso Nacional, Genoíno
disse que os deputados estaduais do PT terão autonomia de ação para
discutir e se posicionarem quando chegar a vez das reformas nos
Estados. Ele garantiu que o acordo com os governadores sobre as
reformas vai ser honrado pelo presidente Lula e que espera o mesmo
comportamento dos governadores.
Referindo-se à postura da ala considerada radical
do partido, Genoíno declarou que o voto do PT "é inegociável". Ele
disse ainda que veio a Minas Gerais para uma reunião com a bancada
estadual e anunciou a realização de um seminário nacional sobre as
reformas, nos dias 23 e 24 de maio, em São Paulo.
Também durante a entrevista coletiva, o líder do PT
na Assembléia, deputado Rogério Correia, anunciou que a bancada está
discutindo o que fazer para ajudar nas reformas, já que as bancadas
de deputados, vereadores e prefeitos são responsáveis pela
sustentação do governo Lula. Para aprofundar esse debate, será
realizado um encontro em Brasília, no dia 14 de junho, com os
deputados e vereadores do partido.
Presenças - Participaram da
reunião com José Genoíno os deputados do PT Rogério Correia, André
Quintão, Biel Rocha, Weliton Prado, Chico Simões, Ricardo Duarte,
Adelmo Leão Carneiro, Durval Ângelo, Marília Campos, Maria José
Haueisen, Padre João e a deputada do PCdoB, Jô Moraes, além do
prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.
|