Plenário homenageia Aureliano Chaves; enterro será em Itajubá
A reunião ordinária de Plenário foi suspensa em
sinal de pesar pela morte, nesta quarta-feira (30/4/2003), do
ex-vice-presidente Aureliano Chaves, que foi também deputado
estadual e federal e governador do Estado. A solicitação partiu do
líder da Maioria, deputado Miguel Martini (PSB), que destacou a
defesa da soberania e riquezas nacionais pelo ex-governador. O corpo
será velado no Palácio da Liberdade, a partir das 20 horas. Às 7
horas desta quinta, o corpo segue para a Igreja Matriz de Três
Pontas, terra natal de Aureliano Chaves, onde será realizada missa.
O sepultamento está previsto para as 17 horas, em Itajubá.
O deputado Dilzon Melo (PTB), que presidia a
reunião ordinária, destacou que Minas Gerais e o Brasil perderam um
dos grandes homens públicos do nosso tempo. O deputado lembrou que,
mesmo sem exercer cargos públicos, Aureliano Chaves não deixava de
participar das grandes discussões. Entre elas, o Ciclo de Debates
"Colapso Energético e Alternativas para a Crise" e o Ato contra a
Privatização de Furnas, promovidos pela Assembléia de Minas em 2001.
No ciclo de debates, Aureliano Chaves fez severas críticas ao
processo de privatizações implementado pelo governo federal,
afirmando que ele atendeu apenas aos interesses do Fundo Monetário
Internacional (FMI). O ex-ministro das Minas e Energia também
acreditava que a privatização do setor energético não deu garantias
ao usuário de que suas necessidades de consumo seriam sempre
supridas.
Deputados que falaram - Os
deputados que comentaram a morte de Aureliano Chaves, destacando
suas qualidades de homem público, sua honradez, dignidade e
nacionalismo, foram os seguintes: Paulo Piau (sem partido), Carlos
Pimenta (PDT), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Antônio Carlos Andrada
(PSDB) e Miguel Martini (PSB), além do deputado Dilzon Melo (PTB),
que presidia a reunião.
Trajetória do político foi extensa
Nascido em 13 de janeiro de 1929, Aureliano Chaves
iniciou a carreira política no final da década de 1950, elegendo-se
suplente de deputado estadual pela UDN e sendo efetivado em 1961.
Ele renunciou ao mandato em outubro de 1962. No ano seguinte,
elegeu-se deputado estadual até 1967 e foi secretário de Estado da
Educação e de Comunicação e Obras Públicas no governo de Magalhães
Pinto (1961/66). No final de 1965, vinculou-se à Arena. Foi deputado
federal de 1967 a 1975.
Em março de 1975, assumiu o governo de Minas
Gerais, indicado pelo presidente da República. Em julho de 1978,
renunciou ao cargo para concorrer à vice-presidência da República. O
mandato começou em março do ano seguinte, pelo PDS. No início de
1985, liderou a transformação da Frente Liberal em partido político,
o Partido da Frente Liberal (PFL).
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