Mantidos cinco vetos em reunião de Plenário com 76 deputados

Com a presença de 76 deputados, a Assembléia Legislativa de Minas Gerais decidiu manter cinco vetos do governador a p...

26/03/2003 - 12:17
 

Mantidos cinco vetos em reunião de Plenário com 76 deputados

Com a presença de 76 deputados, a Assembléia Legislativa de Minas Gerais decidiu manter cinco vetos do governador a proposições de lei, na reunião extraordinária de Plenário da noite de terça-feira (25/3/03). A reunião, que começou às 20h15, terminou às 23 horas, depois que vários parlamentares se revezaram na discussão e encaminhamento das votações. Os vetos estavam na faixa constitucional, com prioridade de votação sobre outras matérias. Ainda serão apreciados pela Assembléia outros 23 vetos do governador.

O Veto Total à Proposição de Lei 15.461, que institui o Programa Estadual de Incentivo ao Turismo para o Idoso foi mantido, com 55 votos a favor e 5 contra. A proposição teve origem no Projeto de Lei (PL) 902/2000, do deputado Pastor George (PL), e previa a redução da alíquota de ICMS para agências de turismo beneficiadas pelo programa e o desconto de 25% para a quitação de débitos inscritos em dívida ativa até 31 de dezembro de 1998. O benefício seria concedido a empresas que investissem no atendimento a idosos e oferecessem descontos de pelo menos 25% para pessoas com mais de 60 anos.

A doação de imóvel à Apae de Sete Lagoas provocou discussão em Plenário, entre deputados que concordaram ou não com o argumento de inconstitucionalidade apresentado pelo governador ao vetar a proposta. O Veto Total à Proposição de Lei 15.465 (ex-PL 1.755/2001, do deputado Paulo Piau - PFL), foi mantido, com 31 votos a favor e 24 contra.

Também foi mantido o Veto Parcial à Proposição de Lei 15.466, que cria o Programa Estadual de Incentivo à Produção de Leite (Pró-Leite). Com 42 votos a favor, 9 contra e 1 em branco, foi mantido o veto ao inciso I e ao parágrafo único do artigo 5º e ao artigo 6º da proposição, que teve origem no PL 1.877/2001, do deputado Paulo Piau (PFL).

O inciso I do artigo 5º estabelecia como uma das fontes financeiras do Pró-Leite o ICMS gerado por cooperativas ao adquirirem leite de seus associados. A justificativa apresentada pelo governador para vetar a medida foi de que a Constituição proíbe a vinculação de receita de imposto a qualquer órgão, fundo ou despesa. O mesmo argumento foi apresentado para vetar o parágrafo único do artigo 5º e o artigo 6º, que trata da destinação dos recursos vinculados.

Com 43 votos a favor, 9 contra e um em branco, foi mantido também o veto ao artigo 7º da Proposição de Lei 15.466, que previa a abertura de linha de crédito especial pelo BDMG. A justificativa do governador para vetar o artigo foi de que acordos internacionais e normas do banco central impedem a concessão de financiamentos da forma proposta - com carência de um ano e prazo de pagamento de um ano, sem cobrança de juros e de correção monetária.

Mantido veto a remissão de crédito tributário

Foi mantido o veto a dispositivo que previa a remissão de 70% do crédito tributário oriundo de exportação indireta de café, entre 16 de setembro de 1996 e 24 de maio de 2000, desde que o contribuinte efetuasse o pagamento de 30% do valor devido ao Estado até 30 dias contados da regulamentação da lei. A proposta estava contida no artigo 4º da Proposição de Lei 15.469 (ex-PL 2.189/2002, do ex-deputado João Batista de Oliveira), que dispõe sobre a divulgação de informações no rótulo do café torrado, moído e embalado no Estado. Votaram a favor do veto 42 deputados, 8 contra e houve um voto em branco.

A última votação da noite de terça-feira (25) foi sobre o Veto Total à Proposição de Lei 15.475 (ex-PL 601/99, do ex-deputado estadual Ivo José - PT), que autorizava a permuta de imóveis de propriedade do Estado. O veto foi mantido com 42 votos a favor, 8 contra e um em branco.

 

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