Paulo Piau preside comissão que analisa vetos do governador

O deputado Paulo Piau (PFL) foi eleito, nesta terça-feira (11/3/2003), presidente da Comissão Especial da Assembléia ...

11/03/2003 - 17:44
 

Paulo Piau preside comissão que analisa vetos do governador

O deputado Paulo Piau (PFL) foi eleito, nesta terça-feira (11/3/2003), presidente da Comissão Especial da Assembléia que vai emitir parecer sobre o veto total do governador à Proposição de Lei 15.341 e os vetos parciais às Proposições de Lei 15.466 e 15.498. A comissão elegeu também a deputada Maria José Haueisen (PT) como vice-presidente e definiu os relatores para cada matéria sob análise.

O deputado Adalclever Lopes (PMDB) foi designado relator do veto à Proposição de Lei 15.341 (ex-Projeto de Lei 1.886/2001, dos deputados Adelmo Carneiro Leão e Maria José Haueisen), que institui o Programa de Apoio Financeiro à Escola Família Agrícola de Minas Gerais. O governador, em sua mensagem à Assembléia Legislativa, alega que a iniciativa para elaborar e executar programas de governo cabe ao Poder Executivo. Além disso, argumenta que "a proposta aumenta a despesa do Estado, não se tendo estimado, para esse fim, seu impacto orçamentário-financeiro, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal".

O veto parcial à Proposição de Lei 15.466 (ex-PL 1.877/2001, do deputado Paulo Piau e outros) terá como relatora a deputada Ana Maria (PSDB). A proposição cria o Programa Estadual de Incentivo à Produção de Leite (Pró-Leite). Foi vetado o inciso I do artigo 5º, que destina ao programa o ICMS gerado pelas cooperativas quando da aquisição do leite de seu cooperativado. De acordo com a justificativa apresentada pelo governador, o artigo 161 da Constituição do Estado, em seu inciso IV, proíbe a vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesas. Com o veto, o parágrafo único do Artigo 5º, que determina como os recursos seriam oferecidos ao Pró-Leite, ficou prejudicado e também foi vetado, o mesmo ocorrendo com o artigo 6º.

Já o artigo 7º, que determina a criação de uma linha especial de crédito pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), foi vetado porque, segundo o governador, o Banco Central impede a concessão de créditos desse tipo, ou seja, "com carência de um ano e prazo de pagamento de um ano, sem cobrança de juros e de correção monetária".

A deputada Maria José Haueisen ficou com a relatoria do veto parcial à Proposição de Lei 15.498 (ex-PL 2.029/02, do deputado Fábio Avelar). Essa proposição altera a Lei 13.771/2000, que dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado. O artigo 1º foi vetado porque, na opinião do governador, permite que os empreendedores simplesmente comuniquem ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) sobre a perfuração de seus poços tubulares, ficando desobrigados da devida autorização pelo órgão, o que representaria a diminuição do poder de polícia do Instituto.

O acréscimo do parágrafo 4º ao artigo 2º da Lei 13.771/2000 também foi vetado. O dispositivo proíbe a captação de águas subterrâneas e a produção de águas a serem dessalinadas ou salinizadas em um raio de 30 quilômetros do perímetro de estância hidromineral do Estado. Em sua justificativa, o Executivo alega que a incumbência de criar áreas de proteção e controle é do próprio Igam.

Já o artigo 5º, também vetado, determina a necessidade de um estudo técnico, fornecido por instituto de pesquisa vinculado a universidade pública ou ao Estado, confirmando que a captação que os empreendedores pretendem realizar não interfere em manancial que abastece a estância hidromineral. O veto ocorreu porque, de acordo com o governador, a redação do artigo discrimina institutos de pesquisa que não sejam vinculados à universidade pública ou ao Estado, o que é inconstitucional.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Paulo Piau (PFL), Maria José Haueisen (PT), Adalclever Lopes (PMDB) e Ana Maria (PSDB).

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715