PT reafirma interesse pela 1ª vice-presidência da
Assembléia
O PT decidiu não abrir mão de ocupar a 1ª
vice-presidência da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (Alemg).
Em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira
(24/1/2003), o deputado eleito pelo partido para a 15ª Legislatura,
Chico Simões, representou a opinião da bancada petista que
reivindica o cargo na Mesa e a Ouvidoria da Alemg. "Para o PT essa
questão já está fechada", afirmou. O PFL também quer a
vice-presidência. A eleição para a Mesa da Assembléia acontece no
dia 1º de fevereiro.
Chico Simões disse que o PT já abriu mão da
1ª-secretaria e que, na posição de maior bancada da Assembléia, com
15 deputados, teria o direito de ocupar a vice-presidência. O
deputado enfatizou que, pela tradição da Casa, os cargos são
preenchidos de acordo com o tamanho da bancada. "É importante que
todos os pensamentos da Assembléia estejam representados na Mesa. O
PFL já é governo, faz parte da coligação que elegeu o governador
Aécio Neves (PSDB) e o PSDB já está cotado para a presidência com o
deputado Mauri Torres", defendeu o deputado eleito.
A divisão de poder utilizada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) em âmbito federal foi citada como modelo
que deveria ser observado também pelo governo do Estado. "O PT quer
fazer uma oposição séria, quer contribuir com o governo. Não
ganhamos a eleição prometendo ruptura, mas mudança", disse Chico
Simões.
O deputado, que sequer pensa na possibilidade de
não ser atendido na reivindicação pela 1ª vice-presidência, afirmou
que "a richa entre o governador e o vice não pode interferir no
processo eleitoral da Mesa da Assembléia." Questionado sobre a
possibilidade de o PT não conseguir o cargo e ter que lançar
candidatura avulsa, o deputado explicou que o partido não disputará
cargo algum, não formará nova chapa e nem lançará nomes avulsos.
"Reivindicamos apenas que haja consenso e que os compromissos sejam
respeitados."
Chico Simões disse que não há possibilidade de
novos acordos. Segundo ele, o partido só se reunirá de novo se for
para definir qual posição assumirá frente à decisão do governador.
"Cabe ao governador Aécio Neves decidir como quer lidar com o PT",
concluiu.
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