Rejeitado, por 40 votos a 9, veto do governador a doação de imóvel

O Plenário da Assembléia Legislativa rejeitou, na reunião extraordinária da manhã desta quarta-feira (11/12/2002), o ...

11/12/2002 - 14:54
 

Rejeitado, por 40 votos a 9, veto do governador a doação de imóvel

O Plenário da Assembléia Legislativa rejeitou, na reunião extraordinária da manhã desta quarta-feira (11/12/2002), o Veto Total à Proposição de Lei 15.266, que autoriza o Executivo a doar imóvel ao município de Bueno Brandão. A matéria estava na faixa constitucional, impedindo a apreciação de qualquer outra proposição da pauta, e foi votada pelo processo secreto. Apenas nove dos 49 deputados presentes na reunião foram favoráveis à manutenção do veto. Para a rejeição, são necessários os votos da maioria absoluta dos parlamentares (39).

A votação do veto liberou a pauta da reunião ordinária das 14 horas desta quarta-feira (11). Com isso, será iniciada a discussão, em 2º turno, do Projeto de Resolução (PRE) 2.472/2002, da Comissão de Constituição e Justiça. O projeto, que autoriza o governador a fazer a reforma administrativa por lei delegada, era a segunda matéria da pauta da extraordinária, mas não foi discutido devido ao encerramento da reunião, por falta de quorum.

Discussão - A Proposição de Lei 15.266 originou-se do Projeto de Lei (PL) 1.623/2001, do deputado Durval Ângelo (PT). O imóvel referido no projeto destina-se à construção da Câmara Municipal de Bueno Brandão. Durante a discussão, Durval Ângelo afirmou que o governador teria se comprometido a autorizar a doação e que, com o veto, descumpriu o acordo feito. "A Câmara Municipal de Bueno Brandão será também um centro cultural da cidade", disse. Em aparte, o deputado Marco Regis (PL) ressaltou que é necessário discutir a situação dos legislativos municipais, que vêm ganhando autonomia sem deixar, porém, de enfrentar diversos problemas.

O deputado Durval Ângelo criticou o aumento da violência nos municípios que integram a Comarca de Abre Campo e citou diversos casos de assassinatos sem solução. O mais recente, segundo ele, foi a morte do lavrador Orenil Martins da Silva. O suspeito do crime teria ameaçado também uma liderança petista da região: "Faço um apelo ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e às Polícias Civil e Militar para, em conjunto, acabarem com a impunidade na Comarca".

O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) também se pronunciou, entre outros assuntos, sobre a contratação irregular de funcionários por parte do Estado. Para ele, essa prática gera distorções "imensas e inaceitáveis". O deputado Dalmo Ribeiro Silva (PPB) fez referência à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 58/2001, de sua autoria, que garante indenização ao detentor de função pública, no ato da dispensa. Para ele, o assunto deve ser discutido com os membros da equipe de transição do governador eleito.

Deputados do PT devem continuar processo de obstrução

No início da reunião extraordinária, o deputado Rogério Correia (PT) usou a palavra para discutir a ata. Novamente, ele explicou que o motivo da obstrução feita pela bancada do PT é o Projeto de Lei Complementar (PLC) 53/2002, que trata da carreira dos servidores da Educação. Correia cobrou, mais uma vez, que o relator do projeto na Comissão de Educação, deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), emita seu parecer para que a tramitação do projeto possa prosseguir. "É preciso que haja um acordo para a pauta deste fim de ano", destacou. Em seguida, o deputado Edson Rezende (PT) reforçou que o partido, apoiado por alguns membros do PSB e do PDT, continuará o processo de obstrução, com o objetivo de impedir, inclusive, a votação do projeto que trata da lei delegada.

 

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