Comissão discute nesta quarta (11) cobrança de pedágio na Ceasa

A polêmica implantação da cobrança de pedágio para veículos leves e pesados na Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mi...

06/12/2002 - 16:11
 

Comissão discute nesta quarta (11) cobrança de pedágio na Ceasa

A polêmica implantação da cobrança de pedágio para veículos leves e pesados na Ceasa (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) será tema de reunião na Assembléia Legislativa de Minas, nesta quarta-feira (11/12/2002). A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte vai discutir o assunto com o Movimento das Donas de Casa, produtores, Associação Comercial da Ceasa e Procuradoria da República, entre outros convidados. A reunião será às 10 horas, no Plenarinho II. Os autores do requerimento solicitando a reunião são os deputados Fábio Avelar (PTB) e Alencar da Silveira Jr. (PDT).

Convidados - Os convidados são os seguintes: o procurador-chefe da República em Minas Gerais, José Adércio Leite Sampaio; a coordenadora executiva do Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais, vereadora Lúcia Pacífico Homem; o diretor-presidente da Ceasa, Flávio Ferreira de Lara Resende; o presidente da Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros das Ceasas, Antônio Lopes Rodrigues; o presidente da Cooperativa Horticerealista de Abastecimento, Administração e Serviços, Wander Roberto Melo; e Rogério Avelar, conselheiro da Associação Comercial da Ceasa.

A cobrança do pedágio foi suspensa pelo diretor técnico operacional, Baldonedo Napoleão, até que a Justiça decida sobre ação civil coletiva, impetrada pelas associações de produtores e comercial, que questionam a medida. Segundo o deputado Fábio Avelar, para a Associação Comercial da Ceasa a cobrança seria ilegal, pois é generalizada; além disso, não haveria áreas específicas de estacionamento. O pedágio foi cobrado durante três dias em novembro, mas suspenso em função de manifestação contrária, que reuniu milhares de pessoas. O pedágio seria de R$ 3,00 para veículos leves e de R$ 1,00 para caminhões (por 12 horas). Quem permanecesse 30 minutos na Ceasa estaria isento, e os mensalistas teriam desconto de 50%. Apenas os produtores rurais não pagariam. Cerca de 15 mil veículos circulam pelo local, diariamente.

De acordo com o deputado Fábio Avelar, a direção da Ceasa informou que, com a implantação do pedágio, durante um certo período 30% da arrecadação ficariam com as centrais de abastecimento (sendo 24% para implantar um sistema de segurança mais moderno e 6% para cobrir o déficit do Mercado Livre do Produtor, que está sob a responsabilidade do Estado). Os outros 70% caberiam à empresa paulista Park Point, que operacionaliza a cobrança.

Ônus para o consumidor - Os deputados Fábio Avelar e Alencar da Silveira Jr., que estiveram nas manifestações, afirmam que é preciso aprofundar o debate com os diversos segmentos envolvidos na questão. Para Fábio Avelar, ainda não ficou claro se a cobrança é devida ou não. Além disso, na opinião dele, o pedágio poderá inibir a freqüência ao Ceasa e onerar ainda mais o consumidor, devido a prováveis repasses de custos para o preço das mercadorias. Segundo o deputado Alencar da Silveira Jr., outras questões, como o pagamento de taxas, serão discutidas. Entre elas, acrescenta Fábio Avelar, a possibilidade de o Estado assumir novamente a Ceasa - transferida para a União como parte do pagamento da dívida de Minas com o governo federal.

 

 

 

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