Rádio Senado busca identificação com grande público

A popularização da Rádio Senado, depois que passou a operar em ondas curtas a partir de 1999, mobilizou as atenções d...

03/12/2002 - 17:39
 

Rádio Senado busca identificação com grande público

A popularização da Rádio Senado, depois que passou a operar em ondas curtas a partir de 1999, mobilizou as atenções dos participantes do Seminário sobre Comunicação Legislativa (Secomlegis), no primeiro painel, nesta terça-feira (3/12/2002). Foram apresentadas ainda as experiências das TVs das Assembléias do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e de Minas Gerais, que apresentou sua cobertura das Eleições 2002. O seminário, que acontece na Assembléia de Minas, tem o objetivo de discutir os desafios e as tendências da comunicação institucional dos Legislativos.

Durante o encontro, que terminou nesta terça, foi criada e eleita a primeira diretoria da Associação Brasileira de Rádios e Televisões Legislativas (Abratel), que tem como primeiro presidente o gerente-geral de Rádio e Televisão da Assembléia de Minas, Rodrigo Lucena. São fundadores da entidade os representantes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Brasília (Rádio e TV Senado), Amazonas, Câmara Municipal do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O diretor da Rádio Senado, Max Fabiano, traçou um perfil da mudança de linguagem da Rádio do Senado - criada em janeiro de 1997, que operava em Freqüência Modulada (FM) -, com o objetivo de atingir o grande público não só de Brasília, mas de outras partes do País. Ainda operando em FM, mas nas transmissões ao vivo das reuniões plenárias, a Rádio Senado inaugurou uma comunicação direta com o público, com a transmissão em ondas curtas, passando a ser sintonizada no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

A Rádio Senado ondas curtas buscou aproximação com o público ao mudar a programação musical, que se tornou mais popular e ganhou a figura do comunicador. Foi criado também o programa "Coisas do Brasil", com Mascarenhas Barbosa, que tem participação ao vivo dos ouvintes pelo telefone e também por carta.

Foram criados ainda alguns serviços, como o "Alô Doutor", que responde perguntas ou comenta sobre saúde; "Pergunta do Dia", em que o ouvinte participa respondendo questões sobre história ou conhecimentos gerais; "Acredite se puder", que veicula casos inusitados; o "Cantinho do Rei", com músicas de Roberto Carlos, e o "Fale com a Naná". Além da Senado FM e ondas curtas, o Senado mantém um serviço de comunicação interna por alto-falantes, chamado "Dim-dom" e ainda a elaboração do noticiário dedicado ao Senado, na programação da Voz do Brasil, da Radiobrás.

Rio Grande do Sul transmite via cabo

Em parceria com a TVE, a TV da Assembléia do Rio Grande do Sul atinge um público de cerca de 350 mil assinantes, já que transmite via cabo e está presente em 17 cidades do interior daquele Estado. Cada cidade-pólo tem um horário de produção própria ao longo do dia, por meio de um equipamento colocado nas antenas receptoras, que permite ligar e desligar o sinal da TV geradora. De acordo com o diretor de mídia eletrônica da TV do Rio Grande do Sul, Ricardo Carneiro de Fontoura, a emissora trabalha com seis a oito horas de programação, reprisada ao longo das 24 horas em que permanece no ar. São 35 pessoas, entre jornalistas, técnicos e atendentes, com transmissão ao vivo das sessões plenárias e um jornal também ao vivo.

Há grande ênfase na programação cultural, segundo Ricardo de Foutoura, e outros programas como o "Democracia", que discute um grande assunto por dia, e a cobertura diária do Plenário, comissões e audiências públicas. A TV Legislativa do Rio Grande do Sul foi criada em 2000.

Mato Grosso teve a primeira TV na Internet

Criada em janeiro do ano passado, a TV da Assembléia Legislativa de Mato Grosso foi a primeira do País a disponibilizar sua programação na Internet, além de manter o serviço "Plenário on line" e um web chat, para a participação dos internautas nos assuntos noticiados. A TV funciona hoje com 23 funcionários, mas, no próximo ano, a equipe deverá crescer para 39 servidores. Segundo o diretor da emissora, Adriângelo Antunes, são feitas parcerias com a TV Senado, ongs (organizações não-governamentais) e universidades.

Além das transmissões do Plenário, há ênfase na programação cultural e na discussão da agenda positiva do Estado, programa chamado "Pela Ordem". A Assembléia do Mato Grosso mantém ainda uma emissora de rádio, a TV, o site na Internet e a assessoria de imprensa. São 25 emissoras no interior retransmitindo o sinal da emissora legislativa.

Experiência de Minas Gerais também é relatada

O gerente-geral de Rádio e Televisão da Assembléia de Minas Gerais, Rodrigo Lucena, apresentou a experiência da cobertura das Eleições deste ano, quando a emissora ficou 36 horas no ar, desde a véspera, no sábado, dia 5 de outubro, com o início das transmissões às 14 horas. No domingo da eleição, a TV entrou no ar às 7h30, com flashes da rua e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com sete equipes de reportagem. O forte da cobertura foram as mesas-redondas com especialistas em eleições.

Rodrigo Lucena falou ainda sobre a criação do "Eleições 2002", o primeiro programa de discussão política, que começou em janeiro e deve se encerrar no dia 20 de novembro, recomeçando no próximo ano, em caráter definitivo, com outro perfil. Um dos desafios da cobertura eleitoral citados por Lucena foi o grande volume de informações, o que ensejou a criação de um fluxograma direcionando as informações que chegavam a uma central. A cobertura foi feita em conjunto com a Gerência-Geral de Imprensa e Divulgação e a Gerência de Relações Públicas.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715