TVs e experiências regionais ocupam centro da discussão no Secomlegis

Cada Legislativo escolhe uma forma de se aproximar da sociedade, de divulgar o trabalho dos parlamentares, de acordo ...

04/12/2002 - 10:52
 

TVs e experiências regionais ocupam centro da discussão no Secomlegis

Cada Legislativo escolhe uma forma de se aproximar da sociedade, de divulgar o trabalho dos parlamentares, de acordo com a própria cultura do Estado. No segundo dia do II Seminário Nacional de Comunicação no Poder Legislativo (Secomlegis), representantes da Assembléia Legislativa de Pernambuco apresentaram um projeto cujo objetivo é restaurar e preservar a memória pernambucana, através de publicações específicas sobre o Legislativo e a atuação de seus membros, ao longo da história.

O conjunto de 22 livros intitulado "Perfis parlamentares", que conta a trajetória de deputados que tiveram papel de destaque na vida pernambucana, e o livro "Presença feminina", onde estão registrados os mandatos das nove deputadas que ocuparam vaga naquela Casa, no século XX, são alguns exemplos de publicações que hoje compõem a "Biblioteca virtual" da Assembléia de Pernambuco.

O chefe da Divisão de Imprensa da Assembléia de Pernambuco, Marconi Glauco Valadares, afirmou que a publicação mais recente, o livro "A última legislatura do século", fez com que a Assembléia de Pernambuco se transformasse em assunto fora das editorias de política. "Viramos pauta também nos cadernos de cultura dos jornais", lembrou. A assessora adjunta do Departamento de Comunicação, Cláudia Lucena, disse que a próxima obra já está quase pronta: "Ícones pernambucanos". Todos os livros estão disponíveis para impressão, na íntegra, no site www.alepe.gov.br, que também traz uma série de informações sobre os fatos mais relevantes da história de Pernambuco.

A experiência da TV Senado

A coordenadora da TV Senado, Marilena Chiarelli, trouxe para o Secomlegis a experiência da Central de Produção e Pautas (CPP), uma tentativa recente de unificar as ações de todo o setor de comunicação social do Senado, que inclui TV, rádio, agência de notícias e o "Jornal do Senado". Segundo Marilena, era comum os senadores reclamarem por serem procurados, em um só dia, por repórteres dos vários veículos da Casa, para gravarem entrevistas sobre os mesmos assuntos. "Com a estrutura que nós temos, o grande desafio é não sermos redundantes", afirma.

Por enquanto, explica Marilena, a CPP do Senado funciona apenas com uma equipe da própria TV Senado, mas o objetivo é envolver profissionais de todos os outros setores. Com o trabalho da CPP, a agenda parlamentar do dia é tratada de forma a facilitar a atuação de todos os outros produtores, repórteres e apresentadores, que passam a ter uma pauta única, com um direcionamento, sugestões de fontes e até de perguntas. O material é disponibilizado via internet, com acesso restrito aos funcionários da Casa, embora o objetivo de curto prazo seja liberar essas informações também para a imprensa externa, conforme informou Marilena Chiarelli.

Luta por espaço nas TVs

Durante a fase de debates no Secomlegis, nesta terça-feira, as TVs legislativas ocuparam o centro das discussões. Alguns participantes quiseram saber como são definidos os critérios para cobertura jornalística dos eventos legislativos e como são tratadas questões relativas ao direito de resposta nas emissoras institucionais. Marilena Chiarelli disse que a TV Senado não cobre questões partidárias, como convenções e reuniões de bancada. O diretor da Rádio Senado, Max Fabiano, informou que um ato da Mesa Diretora disciplina as ações de comunicação dentro do Senado, oficializando manuais de redação, determinando tipos de cobertura e permissões de uso dos estúdios e equipamentos.

Outro assunto polêmico foi o compartilhamento de espaço entre as Câmaras municipais e as Assembléias, nas TVs dos Legislativos estaduais. O representante da Câmara Municipal de Montes Claros, Erick Luís Ferreira Assunção, quis saber sobre o futuro da divulgação dos eventos municipais. O gerente-geral de Rádio e Televisão da Assembléia de Minas, Rodrigo Lucena, explicou que, legalmente, o compartilhamento de horários só pode ser feito pelo sinal a cabo. No caso de Montes Claros, a TV Assembléia chega até lá por sinal aberto, através de um investimento próprio da Assembléia, daí a dificuldade de manter o compartilhamento. Segundo o gerente, é preciso lutar para que a questão do compartilhamento seja regulamentada. Lucena aproveitou o espaço do seminário para fazer um apelo aos participantes: "precisamos nos mobilizar para garantir nosso espaço na radiodifusão nacional. Não interessa aos veículos comerciais que emissoras institucionais sejam fortalecidas".

 

 

 

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