Comissão de Fiscalização aprova parecer sobre PRE de delegação

Está pronto para discussão e votação, em 1º turno, no Plenário, o Projeto de Resolução (PRE) 2.472/2002, que delega a...

28/11/2002 - 21:19
 

Comissão de Fiscalização aprova parecer sobre PRE de delegação

Está pronto para discussão e votação, em 1º turno, no Plenário, o Projeto de Resolução (PRE) 2.472/2002, que delega ao governador atribuição para elaborar leis delegadas sobre a reforma administrativa do Estado. O projeto está tramitando em regime de urgência e foi incluído na Ordem do Dia da reunião ordinária de Plenário desta quinta-feira (28/11/2002), mas não foi votado por falta de quórum. Pela manhã, a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovou o parecer do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), favorável ao projeto, com a emenda nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça. Foi rejeitada pela Comissão a proposta de emenda apresentada pelo deputado Miguel Martini (PSB), que estabelecia o prazo de 1º a 31 de janeiro para o governador editar a lei delegada.

Orçamento - Durante a discussão do parecer, o presidente da Comissão, deputado Mauro Lobo (PSB), informou que já foi apresentada uma emenda ao Projeto de Lei (PL) 2.396/2002, que trata do orçamento do Estado para 2003. O objetivo é permitir a realocação de recursos de acordo com as modificações que forem propostas na lei delegada a ser editada pelo governador. A medida foi defendida também pelo deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB). "Caso contrário, seria dar e não entregar", justificou. O projeto de delegação ao governador foi apoiado pelos deputados Dilzon Melo (PTB), José Milton (PL) e Mauro Lobo (PSB).

Redução de ICMS para ferros, aços e artefatos de cimento

Também foi aprovado nesta quinta-feira (28), pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, o parecer de 1º turno sobre as emendas apresentadas em Plenário ao PL 1.974/2002, do governador, que reduz a carga tributária incidente na venda de aços, ferros não planos e artefatos de cimento. O relator da matéria foi o deputado Rêmolo Aloise (PFL), que opinou pela aprovação das emendas nº 1 a 4, apresentadas em Plenário, e ainda acatou as emendas nº 5 a 12, sugeridas por parlamentares.

Conteúdo das emendas:

* Emenda nº 1, do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), autoriza o Poder Executivo a reduzir de 18% para até 7% a carga tributária nas operações internas promovidas por estabelecimento industrial com ferros e aços; a subemenda nº 1 garante o mesmo tratamento aos municípios da área mineira atendida pelo Instituto de Desenvolvimento Norte Nordeste (Idene).

* Emenda nº 2, do deputado Márcio Kangussu (PPS), autoriza a redução para até 12% da carga tributária para ferros e aços não planos, e para até 8% para os municípios que integram a área mineira da Adene;

* Emenda nº 3, do deputado Dalmo Ribeiro Silva, autoriza a redução para até 12% do ICMS nas operações internas promovidas por estabelecimento industrial com móveis; painéis de madeira industrializada; embalagens; produtos florestais; colchões, estofados, espumas e mercadorias correlatas, segundo os códigos especificados;

* Emenda nº 4, também do deputado Márcio Kangussu, reduz para até 12% o ICMS com produtos e subprodutos florestais advindos de florestas plantadas ou mantidas em regime de produção sustentada, segundo os códigos que especifica, e para até 8% sobre esses produtos, em municípios da área mineira da Adene. A subemenda nº 1 oferece as mesmas condições para as cidades que integram a área mineira do Idene.

As emendas acatadas pelo relator são: emendas nº 5 e 6, que ampliam para outros produtos de ferro e aço a redução de ICMS para até 12%; emenda nº 6, que reduz para até 12% a redução de ICMS para elementos de vias férreas; emenda nº 8, que amplia para outros artefatos de cimento a redução de ICMS para até 12%; e a emenda nº 9, que estende a redução do imposto para construções pré-fabricadas - todas sugeridas pelo deputado José Milton (PL).

As emendas nº 10 e 11 foram sugeridas pelo deputado Antônio Andrade (PMDB). A emenda nº 10 reduz a multa para 12% do ICMS nos casos de denúncia espontânea. A emenda nº 11 estende os benefícios da Lei 14.062/2001, de anistia e moratória, por mais 60 dias. A lei originou-se do PL 1.279/2000. A emenda nº 12, do deputado Rêmolo Aloise (PFL), cria o Comitê de Receita de Créditos Tributários, que será formado pelo secretário de Estado da Fazenda, por um procurador da Fazenda e um representante da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

Apresentação de emendas ao orçamento gera polêmica

No início da reunião, o deputado Márcio Kangussu (PPS) pediu a palavra e criticou uma reunião de líderes partidários ocorrida na manhã desta quinta-feira (28), quando teria sido acordada a apresentação de emendas ao projeto de lei do orçamento por bancadas. Kangussu defendeu a apresentação individual de emendas. O deputado Rêmolo Aloise (PFL) sugeriu que houvesse a conjugação das duas propostas - emendas individuais e de bancadas. Já o deputado Ivair Nogueira (PMDB), líder do Bloco Parlamentar Democrático Progressista (BPDP), do qual faz parte o PPS, afirmou que em nenhum momento as lideranças reunidas quiseram deixar de fazer valer os direitos dos deputados que não foram reeleitos.

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, deputado Mauro Lobo (PSB), discordou da sugestão, mas disse que ao longo do dia o assunto seria discutido, para que a comissão chegue a uma proposta mais adequada e justa, que atenda aos atuais deputados, inclusive os que não foram reeleitos. Segundo Mauro Lobo, a reunião ocorreu justamente para que a decisão sobre o orçamento não fosse tomada exclusivamente por ele, que é o relator da matéria. O deputado explicou que havia a expectativa de que houvesse a liberação de recursos pela União, conforme pleiteia o Governo do Estado, mas isso não se concretizou. "O próximo Governo começará com uma situação crítica, o que vai influenciar na liberação de recursos para as emendas", observou.

O deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB) explicou que houve uma reunião de lideranças, mas não decisão sobre valores ou critérios para apresentação de emendas. Segundo ele, em conversas técnicas com a Comissão de Transição do Governo Aécio Neves chegou-se à conclusão de que seria mais viável a apresentação de emendas de bancada, mas não houve conversa oficial com o governador eleito nem compromisso para o pagamento de quaisquer emendas. Para o deputado Márcio Kangussu (PPS), a avaliação sobre se o parlamentar terá força ou não para liberar recursos previstos em emendas deve ser de cada deputado.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Mauro Lobo (PSB) - presidente, Ivair Nogueira (PMDB) - vice-presidente; Antônio Carlos Andrada (PSDB); Dilzon Melo (PTB); Luiz Fernando Faria (PPB); Rêmolo Aloise (PFL); José Milton (PL); Sebastião Costa (PFL); Ermano Batista (PSDB); Dalmo Ribeiro Silva (PPB); Rogério Correia (PT) e Márcio Kangussu (PPS).

 

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