Redução de ICMS para artefatos de cimento, aços e ferros

Maior competitividade para as indústrias mineiras que produzem artefatos de cimento e aços e ferros não planos. Segun...

27/11/2002 - 18:29
 

Redução de ICMS para artefatos de cimento, aços e ferros

Maior competitividade para as indústrias mineiras que produzem artefatos de cimento e aços e ferros não planos. Segundo empresários desses setores, esta será a principal conseqüência da aprovação do Projeto de Lei (PL) 1.974/2002, do governador, que reduz a carga tributária nas operações internas com ferros e aços não planos e com blocos de cimento, fibrocimentos e produtos correlatos. O projeto foi debatido nesta quarta-feira (27/11/2002) em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, com a presença de representantes das empresas Precon, Usiminas, Açominas, Belgo Mineira e Gerdau.

A reunião foi realizada por solicitação do deputado Rêmolo Aloise (PFL), relator da matéria na Comissão, que criticou a ausência de representante da Secretaria da Fazenda, mas considerou o debate esclarecedor. Segundo Geraldo Lopes, da empresa Precon Industrial, com sede em Pedro Leopoldo, a redução da alíquota de ICMS para artefatos de cimento, de 18% para 12%, é uma reivindicação que vem sendo apresentada à Secretaria da Fazenda desde o governo passado. Na época, o Estado de São Paulo reduziu o ICMS para 12%, mas o exemplo não foi seguido pelo governo mineiro. Embora tenha ressaltado que o projeto atende o setor quanto aos produtos argamassa, telhas e pré-fabricado, Geraldo Lopes disse que o PL 1.974/2002 não contempla os produtos de fibrocimento, em razão da substituição tributária.

Competitividade - Para José Luís Magalhães Neto, da Belgo Mineira, no setor de aços não planos, a diferença de alíquota com relação a outros Estados prejudica e tira competitividade das indústrias mineiras. De acordo com ele, a produção mineira é de 12,5 milhões de toneladas/ano, e a redução do ICMS para 12% teria um impacto nos preços da ordem de R$ 8,00 por tonelada. Moacir Brant, da Usiminas, comemorou a iniciativa do governador de enviar o projeto para a Assembléia, e avaliou que a redução da carga tributária vai estimular a produção, gerar empregos e aumentar a competitividade do segmento de estruturas metálicas, sobretudo para a construção civil. A mesma opinião foi manifestada por Alfredo Huallem, diretor comercial da Açominas, que destacou o potencial de crescimento do uso do aço na construção civil brasileira, a exemplo do que já ocorre em outros países.

O PL 1.974/2002 deverá ser analisado em reunião extraordinária da Comissão de Fiscalização Financeira, convocada para esta quinta-feira (28), às 10 horas. O relator, deputado Rêmolo Aloise (PFL), informou que irá analisar, antes de emitir seu parecer, duas emendas apresentadas pelo deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), propondo a redução do ICMS para até 7%, e outras seis emendas a serem apresentadas pelo deputado José Milton (PL).

Projetos analisados pela Comissão

Ainda na reunião desta quarta-feira (27), a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovou pareceres sobre três projetos. O PL 2.437/2002, do governador, que concede a servidores administrativos da Secretaria de Saúde o adicional da gestão SUS, recebeu parecer favorável de 1º turno, na forma original. O relator foi o deputado Dilzon Melo (PTB). Também recebeu parecer de 1º turno pela aprovação o PL 2.445/2002, do deputado Antônio Andrade (PMDB), que reduz de 18% para 12% a alíquota de ICMS incidente sobre a venda de medicamentos. O relator foi o deputado Luiz Fernando Faria (PPB).

Rejeição - O terceiro projeto analisado foi o PL 2.021/2002, do deputado João Paulo (PL), que dispõe sobre a instalação de aparelhos eliminadores de ar nos hidrômetros. O relator, deputado Dilzon Melo (PTB), opinou pela rejeição do projeto e do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça. Em seu parecer, aprovado pela Comissão, Dilzon Melo argumenta que não conseguiu comprovar a eficiência dos aparelhos; e que a aprovação do projeto causaria um impacto financeiro para o Estado da ordem de R$ 1,5 bilhão, montante a ser despendido com a instalação do equipamento nos hidrômetros.

Requerimentos aprovados

Foram aprovados dois requerimentos. O primeiro, do deputado Luiz Fernando Faria (PPB), solicita que Gloecir Bianco e Antônio Carlos Lino da Rocha, diretor e gerente da empresa Gtech Brasil Ltda, respectivamente, sejam convidados a prestarem esclarecimentos sobre contrato de concessão firmado entre a empresa e a Loteria do Estado de Minas Gerais. O segundo, do deputado Miguel Martini (PSB), pede ao Tribunal de Contas do Estado cópia da prestação de contas relativa a convênio celebrado entre o Banco do Brasil e o Tribunal de Justiça, para recebimento, controle e pagamento de depósitos judiciais no Estado.

Presenças - Compareceram à reunião os deputados Mauro Lobo (PSB), presidente da Comissão, Ivair Nogueira (PMDB), Dilzon Melo (PTB), Luiz Fernando Faria (PPB), Rêmolo Aloise (PFL), José Milton (PL) e Durval Ângelo (PT).

 

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