Comissão discutirá redução de ICMS para setor de ferro, aço e cimento

A redução da carga tributária nas operações com ferro, aço e no setor de blocos de cimento, fibrocimento e produtos c...

22/11/2002 - 15:35
 

Comissão discutirá redução de ICMS para setor de ferro, aço e cimento

A redução da carga tributária nas operações com ferro, aço e no setor de blocos de cimento, fibrocimento e produtos correlatos, prevista no Projeto de Lei (PL) 1.974/2002, será tema de uma reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (Alemg), na próxima quarta-feira (27/11/2002), às 10h30. O projeto, do governador do Estado, está na pauta da Comissão, que deverá emitir parecer sobre as emendas apresentadas à proposição no Plenário, em 1º turno.

Foram convidados para a reunião o superintendente da Receita Estadual da Secretaria da Fazenda, Marcos Afonso Marciano de Oliveira; o diretor presidente da Companhia Agro-Floresta, José Luís Magalhães Neto; o gerente para Assuntos Jurídicos da Usiminas, Bertoldo Machado Veiga; além de representantes das empresas Precon Industrial S.A. e Comercial Gerdau. A iniciativa de discutir o assunto foi do deputado Rêmolo Aloise (PFL), relator do projeto pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

O PL 1.974/2002 autoriza o Executivo a reduzir, de 18% para 12%, a alíquota do ICMS nas operações internas com ferros e aços não planos e produtos do setor de artefatos de cimento com o objetivo, segundo o Governo, de conter a perda de arrecadação e de mercado diante do tratamento dos demais Estados da Federação às operações do ICMS relacionadas a esses produtos. A redução de imposto para produto resultante da industrialização do algodão, prevista no projeto original, ficou prejudicada com a aprovação do PL 518/99, em 2º turno. Por isso, a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial apresentou o substitutivo nº 1. A compensação da receita, exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), seria feita com o restabelecimento da alíquota de 18% sobre o valor de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP), o que aconteceu em 29 de abril de 2002.

Impacto financeiro - Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda, citados no parecer de 1º turno da Comissão de Fiscalização Financeira, a compensação atingida com o aumento do ICMS sobre o GLP seria de R$ 75.632.797,00 ao ano, em valores correntes. A renúncia nas operações internas com ferros e aços não planos, em valores correntes, é da ordem de R$15.040.559,00 ao ano. Já a renúncia nas operações internas com produtos de argamassa e fibrocimento, em valores correntes, é da ordem de R$5.252.727,00 ao ano.

O parecer também explica que o substitutivo nº 1 acrescenta à proposição original a redução de 18% para 12% do ICMS para alguns produtos de aço destinados à construção civil de modo não convencional. "Trata-se de medida que busca fazer justiça ao setor, pois esses produtos são diretamente atingidos pela diferença de alíquota entre os Estados, acentuada pela guerra fiscal", diz o parecer.

 

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