Direitos Humanos vai discutir morte de ex-miss Minas
Gerais
A morte da ex-miss Minas Gerais Cristiana Aparecida
Ferreira será tema de uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da
Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira
(20/11/2002), às 9h30, no Auditório. Os deputados vão debater os
rumos tomados pela investigação do caso, que tem gerado polêmica na
imprensa desde que o Ministério Público decidiu reabrir as
investigações. O inquérito policial, iniciado quatro meses após a
morte da ex-miss, concluiu que ela suicidou-se. Mas o pai dela,
Antônio Viçoso Ferreira, defende a tese de assassinato.
Cristiana foi encontrada morta no dia 6 de agosto
de 2000, na suíte de um flat em Belo Horizonte. A investigação
conduzida pela Divisão de Crimes Contra a Vida concluiu que ela se
matou ingerindo inseticida. Mas o Ministério Público (MP) apontou
diversos elementos no inquérito que contradizem a hipótese de
suicídio, como indícios de que ela não estava sozinha. A polícia não
conseguiu identificar quem seria a pessoa que acompanhava a ex-miss.
Os autos apontam ainda que Cristiana mantinha relacionamento com um
representante do alto escalão do governo do Estado.
Diante da evidências, o MP decidiu reabrir as
investigações sobre a morte da jovem. Um dos promotores que
investiga o caso, Luís Carlos Martins da Costa, foi convidado para
participar da reunião da Comissão de Direitos Humanos. Os outros
convidados são o pai da ex-miss, Antônio Viçoso Ferreira; o chefe da
Divisão de Crimes Contra a Vida, Alexandre Alves Liberal; e o
coordenador do Centro de Apoio Operacional das Procuradorias de
Justiça, Defesa dos Direitos Humanos, Apoio Comunitário e Conflitos
Agrários, Afonso Henrique de Miranda.
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