Comissão vai a Vespasiano discutir instalação de Apac

A polêmica construção da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Vespasiano, na Região Metropolit...

14/11/2002 - 18:11
 

Comissão vai a Vespasiano discutir instalação de Apac

A polêmica construção da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vai ser discutida pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em audiência pública a ser realizada na Câmara de Vereadores daquela cidade na próxima terça-feira (19/11/2002), a partir das 18 horas.

Boa parte dos moradores de Vespasiano é contra a construção da Apac no bairro Célvia, divisa com São José da Lapa, porque teme a desvalorização dos imóveis, quase todos residenciais. Eles reclamam também que a instalação da Apac não foi discutida com a comunidade. Por isso, pressionaram as autoridades locais e conseguiram a suspensão das obras da prisão.

Ao contrário de uma penitenciária comum, a Apac é uma instalação de menor capacidade, na qual os detentos (chamados de recuperandos) ficam ocupados o tempo todo e participam das decisões administrativas que afetam o cotidiano da prisão. A administração das Apacs conta também com a participação de voluntários da comunidade, que podem prestar ainda assistência médica e religiosa aos recuperandos. Surgido em 1972 em São José dos Campos (SP), o método chegou a Minas Gerais em 1985, com a instalação da Apac Itaúna, que apresenta índices de reincidência de cerca de 7%, segundo a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados.

Convidados - Foram convidados para a audiência pública o prefeito de Vespasiano, Carlos Moura Murta; o presidente da Câmara Municipal, vereador Clésio Múcio Drumond; a juíza da 2a Vara Criminal daquela cidade, Maura Angélica de Oliveira Ferreira; o coordenador de segurança aeroportuária do Aeroporto de Confins, Milton Campos Siqueira; e representantes de moradores dos bairros Fagundes, Carla Daniele Fagundes, e Jardim Itaú, Margarete Jelnini Machado.

Investigações sobre morte de ex-miss vão ser discutidas

A Comissão de Direitos Humanos também vai discutir na próxima semana as investigações sobre a morte da ex-miss Minas Gerais Cristiana Aparecida Ferreira. Na reunião de quarta-feira (20/11), às 9h30, os deputados vão debater os rumos tomados pela investigação desse caso. Inquérito policial iniciado quatro meses após a morte da ex-miss concluiu que ela suicidou-se. Mas seu pai, Antônio Viçoso Ferreira, defende a tese de que ela foi assassinada.

Cristiana foi encontrada morta no dia 6 de agosto de 2000, na suíte de um flat em Belo Horizonte. A investigação conduzida pela Divisão de Crimes Contra a Vida concluiu que ela se matou ingerindo inseticida. Mas o Ministério Público (MP) apontou diversos elementos no inquérito que contradizem a hipótese de suicídio. O corpo de Cristiana não apresentava manchas esverdeadas, típicas da intoxicação. Poucas horas antes de morrer, pediu à cozinha do flat comida para duas pessoas, o que indica que ela não estava sozinha. Mas a polícia não conseguiu identificar quem seria a pessoa que acompanhava a ex-miss. Os autos apontam ainda que Cristiana mantinha relacionamento com um representante do alto escalão do governo do Estado.

Diante dessas evidências, o MP decidiu reabrir as investigações sobre a morte da jovem. Um dos promotores que investiga o caso, Luís Carlos Martins da Costa, foi convidado para participar da reunião da Comissão de Direitos Humanos. Os outros convidados são o pai da ex-miss, Antônio Viçoso Ferreira; o chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, Alexandre Alves Liberal; e o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Procuradorias de Justiça, Defesa dos Direitos Humanos, Apoio Comunitário e Conflitos Agrários, Afonso Henrique de Miranda.

 

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