Orçamento 2003 tem pequena margem de remanejamento

O deputado Mauro Lobo (PSB), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislati...

30/10/2002 - 17:53
 

Orçamento 2003 tem pequena margem de remanejamento

O deputado Mauro Lobo (PSB), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa, explicou nesta quarta-feira (30/10/2002) a integrantes da equipe de transição de governo que apenas 2% da proposta orçamentária do Estado para 2003 pode ser remanejada. O coordenador da equipe de transição, Antônio Augusto Anastasia, e o economista Marcus Pestana, também integrante do grupo, se reuniram com o deputado na sede do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais (Indi/MG) com o objetivo de discutir a possibilidade de remanejamento de 10% do orçamento previsto para 2003, que é de R$ 19,5 bilhões.

De acordo com Mauro Lobo, a proposta orçamentária para o próximo ano deve ser votada pela Assembléia Legislativa entre os dias 10 e 15 de dezembro. Ele informou que, apesar da possibilidade de apresentação de emendas por parte dos deputados, é pouco provável que elas sejam de fato realizadas, exatamente por causa dessa rigidez do orçamento. "O dinheiro é pouco e não dá para mudar a sua destinação", disse Mauro Lobo.

Dos R$ 19,5 bilhões previstos para 2003, R$ 8,9 bilhões destinam-se a pagamento de pessoal; R$ 1,7 bilhão refere-se às despesas com o serviço da dívida do Estado; gastos com custeio representam R$ 6,9 bilhões; R$ 122,7 milhões serão destinados à reserva de contingência; e as despesas de capital terão R$ 1,7 bilhão, segundo a mensagem do governador entregue no dia 30/9.

Recuperação - O economista Marcus Pestana, responsável da equipe de transição pela discussão do orçamento, disse que não espera grandes mudanças na estrutura orçamentária para 2003. Mesmo assim, ele acredita que será possível para o próximo governo estadual investir em projetos considerados essenciais, como a saúde e a educação. Ele destacou a importância de se recuperar a capacidade de poupança e investimento do Estado. "A ampliação da receita e racionalização da despesa vão permitir que o setor público aumente sua capacidade de investir", afirmou. O aumento da receita poderia ser obtido via combate à sonegação e até a obtenção de crédito suplementar. O economista citou ainda a possibilidade de negociações com o governo federal no próximo ano.

Para aumentar a eficiência na execução do orçamento para 2003, a equipe de transição conta com a assessoria da Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), uma entidade que atua na área de desenvolvimento e gestão, tendo prestado consultoria ao governo federal na época do racionamento de energia elétrica e também à administração de Marta Suplicy (PT) na Prefeitura de São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa da equipe de transição, a FDG vai apresentar um projeto de execução orçamentária em dezembro deste ano.

DEPUTADO EXPLICA TRAMITAÇÃO DA MATÉRIA

Durante a reunião com a equipe de transição de governo, o deputado Mauro Lobo explicou como a proposta orçamentária tramita na Assembléia Legislativa. Depois de recebida, a proposta é lida durante reunião ordinária do Plenário e segue para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO), que tem prazo de 60 dias para emitir seu parecer. O prazo para apresentação de emendas de deputados termina no dia 12 de novembro. Para o orçamento de 2002, foram apresentadas 2.807 emendas.

De acordo com o artigo 206 do Regimento Interno da Assembléia, as emendas apresentadas pelos deputados só poderão ser aprovadas se forem compatíveis com o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ou se indicarem a origem dos recursos necessários.

 

 

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