Comissão quer saber sobre apurações relativas à prostituição infantil

A Comissão de Direitos Humanos realizará audiência pública, solicitada pelo deputado Márcio Kangussu (PPS), para sabe...

11/09/2002 - 14:22
 

Comissão quer saber sobre apurações relativas à prostituição infantil

A Comissão de Direitos Humanos realizará audiência pública, solicitada pelo deputado Márcio Kangussu (PPS), para saber quais as providências tomadas pelo Ministério Público (MP) e Poder Judiciário na apuração de denúncias sobre a prostituição infantil no Estado. Foi entregue ao MP, em julho deste ano, relatório final de 84 páginas da Comissão Especial da Prostituição Infantil, com as conclusões dos casos analisados em várias cidades de Minas Gerais. Ficou constatado o envolvimento de agressores de média e alta condição econômica e status social, como prefeitos municipais, juizes de Direito, promotores de Justiça e padres.

No relatório consta ainda que, na grande maioria dos casos, as redes de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes envolvem um esquema triangular entre cliente, agenciador e vítima. As investigações tiveram início após a veiculação, pela imprensa, dos casos das cidades de Arinos e Taiobeiras e de Araxá - em que, segundo a Comissão, "os dois acusados, promotores de Justiça, montaram uma situação de verdadeiro coronelato sexual na cidade". Cabe à Comissão de Direitos Humanos o acompanhamento das investigações e outras apurações, após o encerramento dos trabalhos da Comissão Especial da Prostituição Infantil.

A Comissão, criada em 6 de novembro de 2001, concluiu seus trabalhos em 2 de julho de 2002, com a aprovação do relatório final. Ela foi criada para averiguar suspeitas de exploração sexual de crianças em Minas. Foram realizadas 13 audiências nas seguintes cidades: Taiobeiras, Governador Valadares, Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Araxá, Nanuque, Montes Claros, Carangola, Arinos, Itaobim e Timóteo. O presidente da Comissão foi o deputado Rogério Correia (PT) e a relatora, a deputada Elbe Brandão (PSDB).

VIOLÊNCIA NO CAMPO E SITUAÇÃO DE ALUNOS DA UFMG

Representando alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a estudante Maria Rita Pereira Almeida relatou à Comissão que a Reitoria da universidade cancelou o direito de estudar dos alunos que contestaram algumas taxas cobradas pela instituição. Os alunos possuem mandado de segurança que lhes garante o direito de freqüentar as aulas normalmente. Entretanto, segundo os estudantes, a Reitoria ignorou a Constituição com base no Regimento Interno da UFMG. O deputado Márcio Kangussu solicitou, em requerimento, que a Reitoria compareça à Assembléia para esclarecer sobre a cobrança de taxas e o afastamento dos alunos.

Gerson Lima, representando a Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas, relatou à Comissão que policiais militares estão agindo com violência contra os trabalhadores acampados em terras improdutivas na cidade de Matias Cardoso. Ele propôs que seja realizada audiência pública para discutir a questão da reforma agrária no Estado.

Presenças - Compareceram à reunião os deputados Márcio Kangussu (PPS), que a presidiu, João Leite (PSB), Bené Guedes (PDT) e Ermano Batista (PSDB).

 

 

 

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