Biotecnologia na produção de flores será tema de fórum em Barbacena

A produção anual de flores na região de Barbacena é de 5 milhões de dúzias, sendo que, deste total, 85% são rosas. A ...

03/09/2002 - 17:51
 

Biotecnologia na produção de flores será tema de fórum em Barbacena

A produção anual de flores na região de Barbacena é de 5 milhões de dúzias, sendo que, deste total, 85% são rosas. A exportação gira em torno de 10% da produção dessas plantas. De acordo com dados do Instituto de Biociências da Universidade Antônio Carlos (Unipac), a biotecnologia é uma das ferramentas que poderá ser utilizada no aumento da produtividade de flores na região - que, há alguns anos, busca retomar importância e expressão no mercado nacional. A relação da biotecnologia com a produção vegetal será um dos temas a serem tratados na reunião de interiorização do Fórum Técnico "A Biotecnologia e Você: Mitos, Verdades e Fatos", promovido pela Assembléia Legislativa, que será realizada em Barbacena nesta quarta-feira (4/9/2002).

Esse será o terceiro de uma série de quatro encontros regionais do evento, cuja finalidade é abrir espaço para a discussão sobre a biotecnologia. A etapa no interior será concluída em Uberaba (11/9). A primeira reunião aconteceu no dia 28 de agosto, em Passos; e a segunda, em Montes Claros, no dia 30. A etapa final será em Belo Horizonte, no dia 18 de setembro, no Plenário da Alemg. A reunião em Barbacena será realizada a partir das 8h30, na Faculdade de Medicina (Praça presidente Antônio Carlos, 8, bairro São Sebastião) e terá a coordenação do deputado Edson Rezende (PT), pela manhã, e do deputado Eduardo Hermeto (PFL), à tarde, que também representará o presidente Antônio Júlio (PMDB). Aqueles que se interessarem em participar do evento no interior devem comparecer ao local da realização do evento às 8 horas para credenciamento. Não há necessidade de inscrição.

Com o objetivo de disseminar informações e solucionar dúvidas sobre a biotecnologia, o Legislativo mineiro lidera essa iniciativa, em parceria com o Sindicato das Empresas de Base Biotecnológica no Estado (Sindbio) e a Federação das Indústrias (Fiemg). A Assembléia também conta com o apoio de organizações governamentais, não-governamentais e associações, entre elas a Circuito da Vida e CNTA (Centro Nacional de Tecnologia Ambiental).

Utilização da biotecnologia - "Biotecnologia é a utilização de organismos vivos no desenvolvimento de produtos, serviços e processos nos setores de alimentação, saúde, agricultura, pecuária e preservação do meio ambiente", informa a presidente do Sindbio, Hélen Lima, que será uma das expositoras das reuniões de interiorização do fórum. Segundo ela, a biotecnologia já é usada há milênios, apesar de parecer novidade, tendo como alvos, entre outros, a produção de alimentos como o pão, o vinho e o queijo.

Hélen Lima lembra que o Estado de Minas Gerais é o maior pólo de biotecnologia da América Latina, de acordo com estudos realizados pela Federação das Indústrias (Fiemg). Segundo ela, a biotecnologia é uma das vertentes primordiais para o desenvolvimento da economia atualmente.

BIOTECNOLOGIA PODE CONTRIBUIR PARA CRESCIMENTO DE PRODUÇÃO

A utilização da biotecnologia na produção de flores na região de Barbacena visa ao aumento da produtividade local, além do fortalecimento da fruticultura. O Instituto de Biociências da Unipac foi criado para realizar pesquisas com o intuito de atingir essa finalidade. Nesse campo, a biotecnologia pode ser usada na produção de mudas, sementes, clones vegetais, fertilizantes e defensivos biológicos para a floricultura. Na região de Barbacena, 49 produtores de flores cultivam uma área de 50 hectares. Além das rosas, são plantados gerânio, crisântemo, samambaia, boca-de-leão, antúrio e tango.

Curso é inédito no País - Além da floricultura, a biotecnologia também está presente na área educacional de Barbacena. É oferecido na cidade o único curso de bacharelado em biotecnologia do Brasil. O curso foi implantado em agosto de 2001, na Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), para formar profissionais que executem atividades inerentes aos setores abrangidos pela biotecnologia, como produção de vacinas e kits de diagnóstico, técnicas de reprodução e multiplicação de organismos. A duração do curso é de quatro anos.

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO NO INTERIOR DO ESTADO

8 horas: credenciamento

8h30: abertura

8h45: palestra "Impactos Socioeconômicos da Biotecnologia em Minas Gerais", sendo expositora a presidente do Sindicato das Empresas de Base Biotecnológica no Estado de Minas Gerais (Sindbio), Hélen Aguiar Lima. Os debatedores serão o presidente da Federação das Indústrias (Fiemg), Robson Andrade; presidente do Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima), Célio Gomes Floriani; e o professor de Ecologia e Desenvolvimento Rural do Centro Universitário de Belo Horizonte UNI-BH, Carlos Eduardo Mazzetto Silva;

10h30: palestra "Biotecnologia e Aspectos Legais", sendo expositor o professor de Biotecnologia do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Aluízio Borém. Os debatedores serão o presidente da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas de Minas Gerais (Aspemg), Eder Luiz Bolson; a assessora adjunta para Assuntos Internacionais do Governo do Estado de Minas Gerais, Roberta Jardim de Morais; e um representante do Ministério Público;

14 horas: palestra "Impactos da Biotecnologia na Saúde", sendo expositores o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Naftale Katz; o professor da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roberto Machado Silva; e a secretária da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Maria de Fátima Oliveira;

15 horas: palestra "Impactos da Biotecnologia no Meio Ambiente", sendo expositores o diretor de Meio Ambiente e Saúde do Sindicato das Empresas de Base Biotecnológica de Minas Gerais (Sindbio), Luis Mário Queiroz Lima; e o ecólogo e professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Sérvio Pontes;

16 horas: palestra "Impactos da Biotecnologia na Agroindústria", sendo expositor o membro do Comitê Técnico-Científico do Sindbio, Gloverson Lamego Mouro.

 

 

 

 

 

 

 

 

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