Oficina discute a criminalização dos movimentos sociais

A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) como um projeto de recolonização dos países latino-americanos e de destr...

22/08/2002 - 17:37
 

Oficina discute a criminalização dos movimentos sociais

A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) como um projeto de recolonização dos países latino-americanos e de destruição dos movimentos sociais foi o principal assunto abordado, na tarde desta quinta-feira (22/8/2002), na Oficina "Alca e criminalização dos movimentos sociais". Essa oficina integra a programação do Forúm Minas por um outro Mundo, conduzido pela Assembléia Legislativa. Os participantes da oficina, ao final dos debates, decidiram apoiar a campanha pela realização do plebiscito sobre a Alca. Eles também reivindicam que todos os candidatos à Presidência assumam o resultado do plebiscito, além de divulgarem a sua data - entre os dias 1º e 7 de setembro.

Sebastião Carlos Pereira Filho, candidato ao Governo de Minas pelo PSTU, e Américo Gomes, coordenador do Instituto José Luís e Rosa Sundermann, ligado à defesa dos movimentos sociais, foram convidados para discutir o tema. Márcia Omaia, representante do Sindicato dos Psicólogos, coordenou a Mesa dos trabalhos. Oficinas como essa terão continuidade nesta sexta (23/8), quando o Fórum Minas por um outro Mundo será concluído.

EXPOSITOR DIZ QUE PROJETO DA ALCA É IMPERIALISTA

Segundo Américo Gomes, o projeto da Alca é imperialista e prevê várias bases militares na América Latina. Na opinião dele, a proposta condena os movimentos sociais, classificando-os de atividades criminosas. "Durante o governo FHC, morreram 250 dirigentes do movimento rural, mais gente que nos vinte anos de ditadura militar", informou. Américo Gomes afirmou que a criminalização dos movimentos sociais não é só um problema do governo FHC, mas da ideologia neoliberal. "Não é possível fazer uma Alca mais democrática e, por isso, precisamos articular um movimento de resistência", completou.

Sebastião Carlos Pereira Filho acredita que o acordo recente firmado entre o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi um passo significativo para a implantação da Alca. "Os principais candidatos à Presidência aceitaram a proposta de Fernando Henrique de manter o acordo com o FMI até 2003", opinou, considerando o fato um "absurdo".

 

 

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