Evento discutirá inserção dos surdos no mercado de trabalho

Os surdos totalizam cerca de 35 mil pessoas apenas em Belo Horizonte e, no Estado, representam 1,8% da população (sur...

21/08/2002 - 17:23
 

Evento discutirá inserção dos surdos no mercado de trabalho

Os surdos totalizam cerca de 35 mil pessoas apenas em Belo Horizonte e, no Estado, representam 1,8% da população (surdez moderada ou profunda). Sua participação no mercado de trabalho é, no entanto, restrita, apesar de serem invariavelmente bem avaliados. Na Capital, por exemplo, a expectativa é de que 1% dos 35 mil estejam trabalhando. Mostrar as experiências das pessoas surdas e os resultados positivos que esses profissionais têm proporcionado às instituições públicas e privadas são alguns objetivos do Ciclo de Debates "Surdos no Trabalho - Dê Ouvidos a essa Idéia". Esse evento será promovido pela Assembléia de Minas nesta segunda-feira (26/8/2002), em Plenário, às 8h30.

No ciclo, os deputados também esperam colher sugestões para subsidiar ações legislativas e executivas para uma melhor integração dos surdos à vida em sociedade. Em Belo Horizonte, os surdos ocupam postos de trabalho em cerca de 35 instituições públicas e empresas privadas, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg); e as empresas Seven Boys e Drogaria Araujo. No Ipsemg, são cerca de 200 surdos em atuação, assumindo funções como a emissão de carteiras e atividades técnicas. No Brasil, são 6,750 milhões de surdos, segundo o IBGE.

O evento dá seqüência a outro ciclo de debates realizado pela Assembléia, em dezembro de 2001, que enfocou a realidade dos surdos com relação ao sistema educacional. Vale lembrar que há aspectos peculiares do aprendizado desse segmento da população, como os processos de comunicação e a identidade cultural. O deputado Luiz Tadeu Leite (PMDB), coordenador das discussões, é também o autor do requerimento que deu origem ao ciclo desta segunda-feira (26/8). No debate de 2001, o deputado destacou que é preciso aperfeiçoar as leis que já existem e propor outras que garantam o reingresso dos surdos na sociedade, como cidadãos. "O segmento não pode ser vítima de discriminações, humilhações e limitações que a sociedade freqüentemente lhe impõe."

PROGRAMAÇÃO DO CICLO DE DEBATES

8h30 - abertura pelo presidente da Alemg, deputado Antônio Júlio (PMDB)

Expositores:

* Adriana Meirelles de Mello, gestora de pessoas surdas

* Maria Cristina Abreu Rodrigos Reis, gerente do Centro de Integração de Deficientes Rogéria Amato (Sesi/Cira)

* Romeu Kasumi Sassaki, consultor de Inclusão Social

* Rejane Mary Assumpção, especialista em Educação Especial

* Juliana Vignoli Bessa, procuradora do Ministério Público do Trabalho

* João Diniz Pinto Júnior, presidente do Ipsemg

* Modesto Carvalho de Araujo, diretor administrativo e comercial da Drogaria Araujo

* Janete Maria Ferreira, técnica em Epidemiologia e Informação da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte

11 horas - Debates

As entidades que apóiam o evento são o Centro de Educação e Estudos em Libras da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (CEEL/Feneis); a Clínica-Escola Fono; a Congregação dos Deficientes Auditivos de Beagá (Codabe) e a Cooperativa Padre Vicente de Paulo Penido Burnier (Copavi). Informações técnicas podem ser obtidas na Gerência-Geral de Projetos Institucionais, pelo telefone 3290-7686.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715