Projeto da LDO está pronto para ir a Plenário hoje na Alemg

O Projeto de Lei (PL) 2.176/2002, das diretrizes orçamentárias (LDO) para 2003, está na pauta de votações do Plenário...

03/07/2002 - 19:31
 

Projeto da LDO está pronto para ir a Plenário hoje na Alemg

O Projeto de Lei (PL) 2.176/2002, das diretrizes orçamentárias (LDO) para 2003, está na pauta de votações do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas desta quinta-feira (4/7/2002). A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovou nesta quarta-feira (3/7/2002) o parecer para turno único sobre o projeto. Ao todo, foram apresentadas 123 emendas, sendo que a Comissão acatou 33.

A receita total do Estado para o próximo ano é de R$ 19,13 bilhões, a receita corrente é de R$ 15,97 bilhões e a receita de capital, R$ 3,15 bilhões, de acordo com o Anexo de Metas Fiscais do projeto. Entre as principais despesas estão o pagamento de pessoal, um montante estimado em R$ 8,75 bilhões, investimentos, com R$ 1,88 bilhão, gastos com pagamento de dívidas, R$ 1,67 bilhão, e reserva de contingência, da ordem de R$ 185 milhões. A projeção de inflação para 2003 é de 5,17% e de crescimento da ordem de 4% no Produto Interno Bruto (PIB).

Não há previsão para concessão de reajustes salariais para os servidores ou de qualquer aumento na despesa com pessoal. O artigo 15 da LDO determina que as despesas correntes e de capital do Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas terão como limite o montante fixado na lei orçamentária de 2002. O parágrafo único exclui dessa limitação, por outro lado, "as despesas decorrentes de eventuais reajustes concedidos ou a conceder aos servidores públicos e da implantação dos planos de carreira e de reestruturação orgânica, mediante autorização legislativa, e as dotações destinadas ao pagamento de precatórios." A emenda nº 7, do deputado Paulo Piau (PFL), inclui os empregados públicos da administração direta e indireta.

DEPUTADOS APRESENTAM 5 NOVAS EMENDAS

Cinco emendas foram apresentadas na reunião da Comissão de quarta-feira (3/7/2002), todas com parecer pela aprovação. Duas, do deputado Hely Tarqüínio (PSDB), referem-se à área da saúde. Uma prioriza a conclusão de obras já em andamento e a outra trata da capacitação dos recursos humanos para todos os níveis de ensino na área da saúde. O deputado Edson Rezende (PT) apresentou outras três: uma, junto com o deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), prevê dotação de 50% dos recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) para os fundos municipais; outra destina recursos para a implantação de conselhos tutelares nos termos do Programa Apoio das Ações em Defesa e Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente; e a terceira prevê dotação de verbas para o plano de carreira para servidores públicos municipais; e verbas para implantação, no Estado, de centrais de regulação médica, que são unidades para onde as cidades pequenas podem enviar seus pacientes.

Quatro emendas que anteriormente receberam parecer pela rejeição foram acatadas pelo presidente, deputado Mauro Lobo (PSB). A de nº 24, do deputado Rogério Correia (PT), que prevê recursos para a implantação dos planos de carreira dos funcionários públicos estaduais; a de nº 61, do deputado Márcio Kangussu (PSB), que sugere recursos para implantação e manutenção de cursos superiores da Unimontes nos vales do Jequitinhonha e Mucuri; e as de nºs 6 e 13, do deputado Paulo Piau (PFL). A primeira sugere que as empresas estatais dependentes não poderão programar despesas de investimento com recursos próprios quando o seu custeio for de responsabilidade integral do Tesouro Estadual. A outra propõe a adoção de uma política própria de alocação de recursos a serem destinados a projetos e programas específicos para a comunidade negra.

O deputado Mauro Lobo alertou, no entanto, para o fato de que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cresceu 0,3% nos primeiros cinco meses do ano, e que por isso é preciso que os deputados tenham em mente a possibilidade de as diretrizes orçamentárias previstas pela LDO não serem cumpridas, dado o grau de dificuldade financeira vivida por Minas Gerais. Como solução para esse problema, ele defendeu uma reforma estrutural do Estado.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Mauro Lobo (PSB), Hely Tarqüínio (PSDB), Márcio Kangussu (PPS), Edson Rezende (PT), Cristiano Canedo (PTB), Gil Pereira (PPB), Paulo Piau (PFL) e Rogério Correia (PT).

 

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