Ministro destaca iniciativas da Alemg em defesa do meio ambiente

A preservação dos recursos hídricos conta com um fórum privilegiado de discussões e apresentação de propostas no Semi...

01/07/2002 - 17:03
 

Ministro destaca iniciativas da Alemg em defesa do meio ambiente

A preservação dos recursos hídricos conta com um fórum privilegiado de discussões e apresentação de propostas no Seminário Legislativo "Águas de Minas II", realizado no Plenário da Assembléia. Essa foi a opinião dos deputados mineiros e dos representantes do Poder Executivo nas esferas da União, Estado e Município, que participaram da abertura do evento, nesta segunda-feira (1º/7/2002). O seminário, promovido a partir de decisão da Mesa da Assembléia em parceria com 48 organizações governamentais e não-governamentais, termina nesta quarta-feira (3/7).

O 2º-secretário da Alemg, deputado Wanderley Ávila (PPS), representando o presidente, deputado Antônio Júlio (PMDB), destacou a interiorização do seminário. Ele fez referência às contribuições dos encontros regionais em 17 cidades das principais bacias hidrográficas de Minas. Informou, ainda, que será aprovado um documento final com as propostas aprovadas no "Águas de Minas II". Esse relatório, de acordo com o deputado, "irá subsidiar os Poderes Legislativo e Executivo, em âmbito estadual e federal, em projetos de preservação e melhoria da qualidade e quantidade dos recursos hídricos."

Wanderley Ávila fez também uma retrospectiva das iniciativas do Legislativo mineiro em defesa do meio ambiente. A primeira foi o Seminário Legislativo "Águas de Minas", em 1993, com grande participação do governo e sociedade, que deu origem à política estadual de recursos hídricos. Esse primeiro evento foi realizado a partir de solicitação das entidades envolvidas com a questão da água. No ano passado, a Casa lançou o movimento "Minas em Defesa das Águas", com resultados como a suspensão das divisões de Furnas e Cemig; a obrigatoriedade de plebiscito antes da decisão sobre a privatização da Cemig e a suspensão do projeto de transposição do rio São Francisco.

MINISTRO DESTACA LEIS QUE TRATAM DOS RECURSOS HÍDRICOS

Para o ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, Minas está na vanguarda das políticas públicas do meio ambiente, principalmente por meio de iniciativas da Assembléia Legislativa. Prova disso são as leis tratando de agrotóxicos, política florestal e pesca e duas tratando de recursos hídricos, com uma delas subsidiando a atual Lei Nacional de Recursos Hídricos. Esta, na sua opinião, representa um grande avanço ambiental no âmbito da União, além de outras ações como a criação da Agência Nacional das Águas (Ana) e dos comitês de bacias hidrográficas.

Cobrança da água - O processo democrático de discussão da questão ambiental em Minas recebeu elogios também do secretário de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Paulo Maciel. Essa opinião foi compartilhada pelo secretário Nacional de Recursos Hídricos, Raymundo Santos Garrido, para quem a cobrança pelo uso dos recursos hídricos será um instrumento importante. Como iniciativa da Prefeitura na área ambiental, Paulo Maciel cita o Programa de Despoluição da Bacia da Pampulha, com a participação da Ana, do Ministério e da Secretaria do Meio Ambiente, Copasa e um consórcio de Belo Horizonte e Contagem.

GESTÃO DEVE SER PARTICIPATIVA E RECURSOS, DESCENTRALIZADOS

"Minas e recursos hídricos são sinônimos no contexto das regiões extra-amazônicas", afirmou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Celso Castilho Souza. Ao destacar Minas Gerais como berço dos principais rios que banham outros estados brasileiros, ele reivindica uma revisão do papel do Estado no contexto nacional. Para o secretário, a organização do Sistema Nacional de Recursos Hídricos deve vir acompanhada da descentralização dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água, em uma gestão participativa.

Ações - Ao ver o Plenário lotado numa segunda-feira, depois das comemorações do penta-campeonato de futebol pelo Brasil, o secretário de Estado da Agricultura, Paulino Cícero, mostrou-se entusiasmado com a participação e convicto de que "as águas de Minas estão salvas." Ele afirmou que o Estado de Minas deve muito a essa legislatura, responsável por várias leis em prol da agricultura e do meio ambiente. O projeto que torna obrigatório o café na merenda escolar; o novo Código Florestal, resultado do consenso entre governo, Assembléia e sociedade civil; e a CPI do Preço do Leite foram algumas iniciativas do Legislativo destacadas. Paulino Cícero espera que, do Seminário "Águas de Minas II", surjam novas sugestões para inspirar o Poder Executivo.

Encerrando os discursos de abertura, o 2º-vice-presidente da Assembléia, deputado Ivo José (PT), destacou a participação da sociedade civil - que nem sempre tem condições de atuação em igualdade com os órgãos públicos. Ele destacou a participação efetiva da Assembléia, do governo estadual e principalmente da sociedade na organização do seminário legislativo. O parlamentar é coordenador-geral do evento.

Apresentação teatral - O grupo MDC Produções Teatrais, de Buritizeiro, cidade às margens do rio São Francisco, próxima a Pirapora, encerrou a abertura com uma esquete retratando os problemas da população ribeirinha. Os quatro atores mostraram, de maneira bem humorada, questões que afligem não só os "barranqueiros", mas toda a população: o esvaziamento do rio devido à poluição, assoreamento e uso inadequado do solo. Eles enfatizaram que somente o esforço conjunto da população, dos órgãos públicos e da iniciativa privada, por meio dos comitês de bacias, resultará na preservação dos rios e do meio ambiente.

 

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