Deputados querem investigar incêndio no TCE

O grupo de trabalho designado pela Mesa da Assembléia para acompanhar a investigação das causas do incêndio ocorrido ...

19/06/2002 - 16:06
 

Deputados querem investigar incêndio no TCE

O grupo de trabalho designado pela Mesa da Assembléia para acompanhar a investigação das causas do incêndio ocorrido nas dependências do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, reuniu-se nesta quarta-feira (19/06/2002) para ouvir representantes do Tribunal de Contas e da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

O presidente do TCE, conselheiro José Ferraz, disse que o incêndio, ocorrido no dia 12 de abril, no terceiro andar do Tribunal, foi criminoso. "O Tribunal foi vítima de um atentado e os responsáveis devem ser punidos, doa a quem doer", declarou. Segundo o conselheiro corregedor do TCE, Eduardo Carone Costa, o laudo foi disponibilizado na internet antes do caso ser divulgado pela imprensa, e a divulgação do processo ainda não está disponível porque o Tribunal de Contas quer a autorização da Assembléia para divulgá-lo.

"A Secretaria de Segurança Pública se envolve nesse episódio não como caça às bruxas, mas como responsabilidade do seu ofício", afirmou o chefe da Delegacia de Vigilância Geral, Sandoval de Moura. Segundo ele, a Secretaria de Segurança Pública já instaurou inquérito e o laudo mostra que o incêndio foi mesmo uma ação criminosa. "Temos a informação de dois focos de incêndio. Já distribuímos o laudo e já ouvimos o chefe do serviço de segurança do Tribunal", disse. A delegada adjunta da Delegacia de Vigilância Geral, Cristina Coelli Cicarelli, informou ainda que o resultado do laudo descarta a possibilidade do atentado ter sido um "crime de incêndio". "Segundo a perícia, o incêndio restringiu-se ao terceiro andar, o que modifica o perfil do criminoso", afirmou. De acordo com ela, a linha de investigação da Secretaria de Segurança Pública, em parceria com o Ministério Público, vai apurar quem teria interesse no ato.

O coordenador do grupo, deputado Agostinho Patrús (PTB), solicitou a cópia da carta ofício da Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público do Estado, com informações sobre o caso. O deputado Ivo José (PT), também integrante do grupo de trabalho designado pela Mesa, disse que vai apresentar um requerimento pedindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. "Vamos constituir uma CPI para dar continuidade às apurações. Temos que usar todos os meios disponíveis para que a sociedade sinta-se amparada", analisou. O deputado José Henrique (PMDB) sugeriu para o grupo uma reunião para ouvir o Ministério Público. "Devemos ouvir o MP para ter mais conhecimento do andamento do inquérito policial", disse.

Participaram da reunião os deputados Agostinho Patrús (PTB), José Henrique (PMDB) e Ivo José (PT); além do presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Ferraz; do vice-presidente do TCE, Simão Pedro Toledo; do conselheiro corregedor do TCE, Eduardo Carone Costa; do chefe da Delegacia de Vigilância Geral, Sandoval de Moura; e da delegada adjunta da Delegacia de Vigilância Geral, Cristina Coelli Cicarelli.

 

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