Aeroportos da Pampulha e Confins precisam de mudanças

Os superintendentes dos aeroportos da Pampulha e de Confins apontaram a redistribuição do tráfego de aeronaves do aer...

12/06/2002 - 15:45
 

Aeroportos da Pampulha e Confins precisam de mudanças

Os superintendentes dos aeroportos da Pampulha e de Confins apontaram a redistribuição do tráfego de aeronaves do aeroporto da Pampulha, para diminuir o congestionamento, e a revitalização do aeroporto internacional Tancredo Neves (Confins), para se acabar com a sua subutilização, como as principais condições para a melhoria do funcionamento dos dois aeroportos. Eles foram ouvidos nesta quarta-feira (12/6/2002) pela Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembléia. A reunião foi requerida pelos deputados Márcio Cunha (PMDB) e Pastor George (PL).

Segundo o superintendente do aeroporto da Pampulha, Mário Jorge Fernandes de Oliveira, ambos os aeroportos pertencem à Infraero e são complementares. De acordo com ele, não há nenhum tipo de disputa entre eles. O superintendente concordou que parte da demanda do aeroporto da Pampulha deve ser redirecionado para Confins. "Devemos buscar um crescimento e um desenvolvimento harmônico. A Infraero não fará nada sozinha e a discussão deve envolver também as empresas aéreas", disse.

Acessibilidade - O superintendente do aeroporto de Confins, Ricardo José Rosa Rodrigues, disse que os aeroportos são complementares, sendo que o da Pampulha deveria servir para vôos mais curtos, enquanto o de Confins deveria ser utilizado para vôos mais longos. Para ele, a distância entre Belo Horizonte e o aeroporto de Confins não é grande e o problema é a acessibilidade. "É um problema de transporte urbano. Não há acesso que facilite a ida ao aeroporto", ponderou.

Subutilização - De acordo com Ricardo Rodrigues, o número de passageiros em Confins está diminuindo gradativamente. Em 2000, foram 720 mil passageiros; em 2001, 630 mil; e a previsão para 2002 é de 500 mil passageiros. O superintendente disse que as companhias aéreas concentram a maior parte dos passageiros dos vôos internacionais e de longa distância, conduzindo-os para escalas nos aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo. "É preciso discutir com o DAC e negociar com as companhias aéreas, pois essa é uma questão econômica e política que envolve, inclusive, questões tributárias", comentou.

Deputados cobram ação do DAC

A deputada Maria Olívia (PSDB), presidente da Comissão, disse que falta vontade política do Departamento de Aviação Civil (DAC) para redirecionar os vôos de maior distância para Confins. Para o deputado Pastor George (PL), é um absurdo a subutilização do aeroporto de Confins e o congestionamento do aeroporto da Pampulha. Segundo ele, a mudança de local dos vôos de maior distância é uma decisão política e uma prerrogativa do DAC. O deputado Márcio Cunha (PMDB) disse que há demanda para o aeroporto de Confins e que as mudanças dependem de uma decisão política. Ele ainda defendeu a melhoria do acesso ao aeroporto internacional.

Projeto em tramitação - Para o deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT), a população da Pampulha não pode conviver com o grande tráfego de aeronaves de maior porte. O deputado defendeu a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2.096/2002, de sua autoria, que proíbe a utilização do aeroporto da Pampulha, pelas companhias aéreas, para vôos comerciais, determinando que para esse fim deverá ser utilizado apenas o aeroporto de Confins. A matéria recebeu parecer de 1º turno contrário na Comissão de Constituição e Justiça, que opinou pela sua antijuridicidade, inconstitucionalidade e ilegalidade.

Móveis - A Comissão aprovou parecer de 1º turno sobre o PL 2.104/2002, do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), que institui o pólo de desenvolvimento do setor da indústria e comércio de móveis da microrregião de Ubá. O relator, deputado Ambrósio Pinto (PTB), opinou pela aprovação da matéria na forma original. O parecer foi aprovado com a emenda nº1, do deputado Pastor George (PL), que inclui como beneficiárias do projeto outras cidades da microrregião de Ubá.

Ausência - O deputado Pastor George lamentou a ausência não justificada do presidente da Comissão Pró-Confins, comandante Antônio Carlos Barros de Carvalho, ou de seu representante. Segundo a deputada Maria Olívia, ele será intimado a comparecer à Comissão para prestar esclarecimentos.

Requerimento - A Comissão aprovou requerimento do deputado Márcio Cunha (PMDB) solicitando a realização de audiência pública em Funilândia, para discutir o potencial turístico da região.

Presenças - Participaram da reunião a deputada Maria Olívia (PSDB), presidente da Comissão; Márcio Cunha (PMDB); Pastor George (PL); Agostinho Patrús (PTB) e Alencar da Silveira Júnior (PDT).

 

 

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