Assembléia debate fim da greve dos professores estaduais

A omissão do governo estadual na negociação está dificultando o fim da greve dos professores, que já dura 35 dias. Es...

12/06/2002 - 16:00
 

Assembléia debate fim da greve dos professores estaduais

A omissão do governo estadual na negociação está dificultando o fim da greve dos professores, que já dura 35 dias. Essa foi a principal mensagem da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, presidida pelo deputado Paulo Piau (PFL), na audiência pública desta quarta-feira (12/6/2002). Representantes de pais, alunos e professores discutiram com o promotor do Ministério Público de Minas, Lucas Rolla, e com parlamentares, formas de pressão junto ao governo visando solucionar o impasse.

Segundo o promotor, na reunião com o MP na última sexta-feira, um termo de ajuste de conduta foi aprovado e assinado pelos envolvidos na greve, menos o governo estadual. Lucas Rolla afirmou que, se o Estado não assinar o documento, será ajuizada ação civil pública exigindo o cumprimento do termo instituindo plano de carreira dos trabalhadores de ensino, incluindo tabela de salários.

O diretor do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de MG) José Ivan Souza lamentou a atitude do Estado, que promete há anos, sem cumprir, a apresentação de um plano de carreira. Para o diretor, se a greve perdura não é por irresponsabilidade dos trabalhadores, mas por culpa do governo que não honra seus compromissos. Segundo Souza, o secretário de Educação, que havia marcado para esta quarta-feira a nomeação de professores aprovados no concurso, não cumpriu o prometido.

O deputado Edson Rezende (PT) reforçou as críticas, afirmando que o plano de carreira dos professores vem sendo pleiteado há mais de 20 anos, sem sucesso. Com o objetivo de obrigar o governo a cumprir a lei, Edson Rezende propõe até a obstrução das votações no Plenário, atitude apoiada pelo deputado Ermano Batista (PSDB).

A representante do comando de greve, Iedir Bambirra, disse que o movimento é importante: "O professor precisa dizer ´eu existo´, pois hoje ganha um salário indigno, de R$ 450, enquanto o Estado utiliza mal os recursos. E os alunos passam de ano sem saber nada, porque o governo aprovou uma lei que dificulta a repetência, para resolver um problema de caixa," acrescentou.

Presenças

Participaram da reunião, presidida pelo deputado Paulo Piau (PFL), os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PPB), Ermano Batista (PSDB), José Henrique (PMDB), Antônio Carlos Andrada (PSDB) e Edson Rezende (PT). Também estiveram presentes: Mário de Assis, presidente da Fapaemg (Federação das Associações de Pais e Alunos de MG); Joana Darc Gontijo, presidente da APPMG (Associação de Pais e Professores de MG) ; Maria de Lourdes Rodrigues Santagema, promotora do Ministério Público; Marilda de Abreu, diretora estadual do Sind-UTE.

 

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