CPI das Carvoarias inspeciona florestas da Mannesmann
Os deputados Elbe Brandão (PSDB) e Bilac Pinto
(PFL), da CPI das Carvoarias, fizeram uma visita de inspeção às
áreas reflorestadas pela empresa Valorex Mannesmann no Município de
Paraopeba, nesta sexta-feira (7/6/2002), para avaliar o desempenho
das empresas terceirizadas na produção de carvão vegetal, que haviam
sido denunciadas na CPI.
Os deputados regressaram com opinião favorável ao
processo de terceirização, que consideraram justo dentro do panorama
estadual, tendo em vista que o menor salário de um operário naquela
empresa seria de R$ 440,00. Eles viram em experiência poderosas
máquinas capazes de cortar e empilhar o eucalipto, com apenas um
operador fazendo o trabalho de 70 homens.
"Verificamos que a tecnologia mecanizada de corte e
carbonização traz benefícios e evita desperdícios, mas precisamos
encontrar um processo de equilíbrio para não combater a
terceirização e obrigar as empresas a optarem por essas máquinas que
desempregam tanta gente", opinou o deputado Bilac Pinto.
Segundo dados do Ministério do Trabalho - que os
deputados consideram subestimados - há 11.300 homens trabalhando em
carvoejamento em Minas Gerais. O Estado é o maior reflorestador do
Brasil, mas a produção nacional de carvão seria insuficiente.
"Com certeza, em nosso relatório final, iremos
propor um programa de fomento à atividade reflorestadora", afirmou a
deputada Elbe Brandão, que é relatora da CPI, ao encerrar a visita
às florestas de Paraopeba. A empresa Valorex, que é subsidiária da
Mannesmann, mantém 240 mil hectares de eucaliptais em Paraopeba,
João Pinheiro, Montes Claros e Curvelo, para abastecer seus
altos-fornos.
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