Polêmicas do Novo Código Civil em debate na Escola

As polêmicas que envolvem o novo Código Civil Brasileiro e o que muda na vida do cidadão são temas da videoconferênci...

29/05/2002 - 19:58
 

Polêmicas do Novo Código Civil em debate na Escola

As polêmicas que envolvem o novo Código Civil Brasileiro e o que muda na vida do cidadão são temas da videoconferência que a Escola do Legislativo exibe, ao vivo, na próxima terça-feira, 4/6/2002, em transmissão do seminário que será realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre o tema. A videoconferência terá a participação simultânea de outras Assembléias Legislativas do país. Qualquer pessoa interessada poderá acompanhar o debate, no auditório da Escola do Legislativo - a entrada é gratuita.

Conceituados nomes do cenário jurídico nacional debaterão o novo texto, que consolidou mudanças sociais e legislativas surgidas durante as quase nove décadas de vigência do Código revogado. Porém, na opinião de especialistas da área, o texto, que vigora a partir do ano que vem, é tecnicamente defasado.

"O novo Código já nasceu envelhecido", afirma o vice-diretor da Faculdade de Direito da PUC-Minas, professor Ronaldo Bretas. Segundo ele, que é mestre em Direito Civil, as mudanças feitas não justificam alterar um Código que, com 85 anos de existência, era considerado exemplar pelos outros países.

O professor Ronaldo Bretas lembra que, na França, por exemplo, o código civil é o mesmo desde 1806, época de Napoleão Bonaparte. Também na Alemanha e no Japão, o texto permanece inalterado há mais de um século. Nesses países, as mudanças necessárias, envolvendo temas como união civil entre homossexuais e comércio via Internet, são feitas por meio de jurisprudência. "Um código civil não deve ser mudado, mas no Brasil foram 15 anos de discussão aprovar o novo texto. É um retrocesso", ressalta.

Apesar das críticas, o professor destaca alguns pontos do novo texto, como a redução da idade para maioridade, de 21 para 18 anos, e a possibilidade de alterar o regime de bens firmado em casamento. Outra mudança importante é sobre o estabelecimento de indenizações, que não precisarão mais ser comprovadas por culpa, mas por possibilidade.

Em Brasília, a abertura dos trabalhos terá a presença do presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Aécio Neves, e do relator da Comissão Especial que analisou o Código, deputado federal Ricardo Fiúza, entre outros. O presidente da Assembléia de Minas, deputado Antônio Júlio, irá participar, da Escola do Legislativo, da abertura do debate. Cada painel do seminário será coordenado por um deputado e um técnico da Assembléia de Minas. A videoconferência será realizada de 8:30 às 18 horas.

 

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