Assembléia vai debater a privatização de Furnas

Está marcado para quinta-feira (6/6/2002) um debate na Assembléia Legislativa de Minas sobre a nova estratégia de pri...

21/05/2002 - 19:13
 

Assembléia vai debater a privatização de Furnas

Está marcado para quinta-feira (6/6/2002) um debate na Assembléia Legislativa de Minas sobre a nova estratégia de privatização do setor energético adotada pelo Governo Federal. O evento ficou definido nesta terça-feira (21/5), depois de sucessivas reuniões com representantes do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro), do Sindicato dos Engenheiros (Senge), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-MG). Da parte da Assembléia, participaram dessas reuniões preparatórias o presidente Antônio Júlio e os deputados Anderson Adauto (PL), Alberto Pinto Coelho (PPB), Adelmo Carneiro Leão (PT), Jorge Eduardo de Oliveira (PMDB) e Rogério Correia (PT).

O debate está sendo formatado pela área técnica da Assembléia. A idéia é colocar, de um lado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Conselho Nacional de Desestatização, e do outro os sindicalistas, o Instituto Ilumina, representantes do Governo, personalidades que defendem o patrimônio público e os deputados que integram a Frente Jorge Hannas de Defesa de Furnas.

Segundo o sindicalista Lúcio Guterres, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a nova investida do Governo para privatizar o setor elétrico começou com a assembléia de acionistas da Eletrobrás, antecipada para o dia 15 de maio para autorizar a mudança nos estatutos, permitindo a divisão dessa holding que controla a Eletronorte, a Chesf e Furnas. A reação dos adversários da privatização começou no encontro do governador Itamar Franco com a governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, na segunda-feira (20).

Em nota conjunta, os governadores reiteraram seu apoio "à manutenção da integridade de Furnas", por entenderem que a empresa, "por sua excelente saúde financeira e alta capacidade de investimentos, tem ainda participação decisiva na solução da crise energética brasileira". Na nota, Itamar e Benedita prevêem que uma cisão em Furnas ampliaria custos, reduziria a rentabilidade e exigiria a criação de nova tarifa para a sociedade brasileira.

A nota foi lida nesta terça-feira (21), no Plenário da Assembléia, pelo deputado Rogério Correia (PT), que imediatamente começou a coletar assinaturas de apoio. Os organizadores do debate estimam que até quinta-feira (23) tenham rubricado o documento a maioria dos deputados estaduais, reeditando o sucesso da Frente Jorge Hannas, que reuniu 71 dos 77 parlamentares mineiros. O documento será enviado também para colher assinaturas da OAB e da Fiemg, além das entidades sindicais e de classe mencionadas acima.

 

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