Eixos do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil

Os seis eixos estratégicos previstos no Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil foram dis...

17/05/2002 - 19:25
 

Eixos do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil

Os seis eixos estratégicos previstos no Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil foram discutidos pelos participantes do Debate Público "Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes", na tarde desta sexta-feira (17/5/2002). Os grupos de trabalho foram divididos nos Plenarinhos, no Auditório e no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, quando foram debatidas propostas relacionadas aos seis eixos: Análise da Situação, Mobilização e Articulação, Defesa e Responsabilização, Atendimento, Prevenção e Protagonismo Infanto-Juvenil.

Na palestra anterior aos debates dos grupos - "Construção do Plano Estadual de Enfrentamento da Violência, do Abuso e da Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes" -, Kênia Augusta Figueiredo, representante do Fórum Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, ressaltou que debates públicos como este e os fóruns especializados são maneiras de se construir um monitoramento da sociedade civil, em conjunto com as frentes de discussão sobre este problema. "Estamos fazendo um trabalho no sentido de que governo e sociedade caminhem juntos na busca de alternativas para a questão da violência sexual da criança e do adolescente", destacou Kênia.

No primeiro eixo de atuação - Análise da Situação, os representantes de conselhos tutelares concluíram que é preciso investir em pesquisas para avaliar a situação dos conselhos no Estado. O segundo grupo - Mobilização e Articulação - propôs a criação de um fórum estadual que integraria universidades e movimentos organizados para fortalecer os canais de denúncia contra abusos sexuais. O terceiro grupo - Defesa e Responsabilização - defendeu a implantação de delegacias e varas de justiça especializadas em crimes sexuais como forma de reduzir os abusos contra crianças e adolescentes.

O quarto grupo de trabalho - Atendimento -, propôs a garantia e proteção integral à criança e ao adolescente e a criação de delegacias especializadas. Já a quinta discussão - Prevenção - debateu como criar ações articuladas para que crianças, adolescentes vítimas de abuso sexual e suas famílias possam se integrar em áreas como saúde, educação e ações sociais. No último eixo de debate - Protagonismo Infanto-Juvenil -, destaque para incentivar que os próprios jovens realizem encontros, cursos, produções literárias a partir de suas idéias, em espaços próprios.

Essas propostas vão ser utilizadas na elaboração do "Plano Estadual de Enfrentamento da Violência, Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes em Minas Gerais", que vai ser discutido no dia 13 de junho, na sede do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Rede de parcerias - De acordo com os participantes da palestra "Redes de Parcerias no Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescente", a integração entre diversos setores da sociedade é fundamental para o combate à violência sexual. O gerente de projetos sociais do Instituto Telemig Celular, Fernando Henrique Silveira Elias, citou o exemplo bem-sucedido de parcerias entre empresas e órgãos públicos para criação e fortalecimento de Conselhos Tutelares no interior de Minas Gerais. A segunda palestrante, Rossana de Castro, analista de turismo da Turminas, falou sobre as políticas públicas de combate ao turismo sexual, com destaque para a 2ª Campanha Nacional da Embratur, que inclui vídeos, folhetos e cartazes.

Já o representante da Agência de Notícias dos Direitos da Infância, Luiz Guilherme, chamou atenção para a responsabilidade social dos meios de comunicação. "A mídia é responsável na medida em que ultrapassa os limites e desrespeita os Direitos Humanos ao expor crianças vítimas de abuso", denunciou Luiz Guilherme. E, por último, Margarete Aparecida Amorim, presidente do Instituto Felix Guattari, destacou a importância das ações articuladas que permitem o enfrentamento da violência sexual.

No final do debate, o coordenador do evento, deputado Rogério Correia (PT), ressaltou que "o envolvimento da sociedade é fundamental para combater os abusos contra as crianças e adolescentes". Ele disse ainda, que o Plano Estadual aponta para a necessidade de leis específicas e que é preciso envolver os Poderes Executivo e Judiciário nessa luta.

Além dos palestrantes, participaram da mesa Geraldo de Oliveira Filho e Humberto Palhares, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, e Ivan Ferreira da Silva, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

 

 

 

 

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