Caratinga sedia 3ª e última reunião na bacia do rio Doce

A terceira e última reunião do Seminário Legislativo "Águas de Minas II" na Bacia do Rio Doce será no dia 4 de junho,...

17/05/2002 - 12:49
 

Caratinga sedia 3ª e última reunião na bacia do rio Doce

A terceira e última reunião do Seminário Legislativo "Águas de Minas II" na Bacia do Rio Doce será no dia 4 de junho, em Caratinga (Auditório da Fundação Educacional de Caratinga/Funec - avenida Moacir de Matos, 49). O coordenador será o deputado Mauro Lobo (PSB). As reuniões de interiorização do seminário, que tiveram início em 12 de abril, em Lagoa Santa, terminam em Juiz de Fora, em 11 de junho. A plenária final será entre 1º e 3 de julho, em Belo Horizonte.

Promovido com organizações governamentais e não-governamentais, o seminário tem os objetivos de avaliar a implantação das políticas estadual e federal de recursos hídricos e a adoção de seus institutos e instrumentos de gestão; e colher subsídios junto à sociedade para a fundamentação de leis relacionadas à gestão das águas, a fim de recuperar e conservar a qualidade e a quantidade das águas nas bacias hidrográficas. As reuniões no interior têm, entre outros, o objetivo de avaliar o processo de implantação dos comitês de bacias, que têm atribuições normatizadoras e deliberativas.

Cobrança - Segundo o presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga, Pedro Paulo Oliveira Martins, a principal preocupação dos segmentos envolvidos é que a cobrança pelo uso da água seja justa e de correta implantação. É o comitê - integrado por usuários, poder público e sociedade civil organizada - que definirá se, como, quanto e de quem será cobrado o uso da água. Na bacia do rio Caratinga, os maiores usuários são os agricultores, entre os quais estão os que plantam café e hortaliças. Outra preocupação é com as prefeituras, que captam água da bacia e a devolvem poluída, aumentando a degradação ambiental.

O comitê tem dois anos de funcionamento e tem 36 membros titulares e 36 suplentes. Dos 36, nove são representantes da sociedade civil organizada; nove, dos usuários; nove, do poder público municipal, com o revezamento entre as 16 prefeituras que compõem a bacia; e nove, do poder público estadual. O comitê está iniciando, agora, o cadastro de usuários, que vai gerar um banco de dados essencial para a definição das próximas ações na bacia.

Pedro Paulo Martins ressalta que os comitês, para desenvolverem seu trabalho, necessitam de recursos. "Precisamos de infra-estrutura e da colaboração de técnicos, entre outras necessidades", afirma. De acordo com ele, o governo estadual aprovou recentemente projeto de apoio financeiro à estruturação dos 12 comitês de bacia em funcionamento no Estado. Segundo o consultor em gestão de recursos hídricos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marco Antônio Fernandez, o projeto visa à criação da base operacional dos comitês - as unidades técnicas transitórias, embrião das agências de bacia. Os recursos totais são da ordem de R$ 900 mil.

Segundo Fernandez, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga será contemplado também com recursos do projeto de apoio à estruturação dos comitês desenvolvido pelo Igam em parceria com o Pró-Água, da Agência Nacional de Águas (Ana). Os recursos serão provenientes do Banco Mundial, que deverá emitir parecer sobre o projeto.

Cipe Rio Doce - Na opinião de Pedro Paulo Oliveira Martins, a reunião do seminário em Caratinga representa uma oportunidade importante para discutir as questões relacionadas às águas. Ele faz, ainda, elogios à Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Alemg e à Cipe Rio Doce (Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce). "Nunca tivemos um grupo de deputados tão interessados no assunto", afirma. Para o deputado Mauro Lobo (PSB), coordenador do evento em Caratinga, essa será uma boa oportunidade de mostrar o trabalho desenvolvido pela Cipe, que teve papel importante na mobilização dos comitês da bacia. Ele lembra, ainda, que estará acontecendo em 4 de junho seminário ambiental na cidade e que a reunião da Alemg poderá congregar os participantes daquele evento.

 

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