Indústria têxtil quer incentivo para algodão
Minas produz apenas a quarta parte do algodão de
que necessita para abastecer sua indústria têxtil. Apesar da redução
de ICMS de 18% para 12% que o governo concedeu em janeiro deste ano,
os estados da Bahia, de Goiás e Mato Grosso oferecem incentivos mais
vantajosos do que Minas. Esses dados e reivindicações foram
apresentados ao presidente da Assembléia, deputado Antônio Júlio
(PMDB), nesta quarta-feira (15/5/2002), no Salão Nobre, por
representantes da indústria têxtil, da Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Instituto de Desenvolvimento do
Estado de Minas Gerais (Indi) e de outras áreas do governo. Entre as
presenças de destaque, o secretário da Fazenda, Trópia Reis; o
secretário do Planejamento, Frederico Penido; o presidente da Fiemg,
Robson Andrade, e o presidente da Cia. Cedro Cachoeira, Agnaldo
Diniz Filho.
Segundo a Emater e o IBGE, Minas possui uma área de
cultivo de algodão de aproximadamente 40 mil hectares, e a produção
é um pouco superior a 90 mil toneladas por ano. Depois de
beneficiado, o peso do algodão pluma cai para 29.400 toneladas,
segundo estimativa da Cia Nacional de Abastecimento (Conab), para
uma demanda em torno de 120 mil toneladas.
Projeto de lei - A partir
dessa reunião, o deputado Antônio Júlio (PMDB) e as entidades
representativas do setor têxtil vão elaborar um projeto de lei para
incentivar a produção e a comercialização de algodão no Estado. A
produção bruta mineira, de 90 mil toneladas, é pequena se comparada
à dos estados de Goiás, Bahia e Mato Grosso. Este último estado
responde sozinho pela metade da produção brasileira de algodão,
estimada em 786 mil toneladas anuais. No Mato Grosso, os incentivos
reduzem o preço do algodão a 25% da alíquota básica.
Além do presidente da Assembléia Antônio Júlio
(PMDB) e das autoridades destacadas acima, estiveram presentes à
reunião o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e
Tecelagem e presidente da companhia industrial Santanense, Adelmo
Percupe Gonçalves; o representante da Secretaria de Agricultura,
Lindomar Antônio Lopes; o presidente do Indi/MG, Márcio Damázio
Trindade; o diretor-superintendente de Industrialização da
Secretaria de Indústria e Comércio, Cláudio de Paiva Ferreira; o
diretor da Tear Têxtil, José Antônio da Fonseca, entre outros.
|