Comissão debate poluição no rio Jequitibá
Um projeto para a despoluição dos rios da região de
Sete Lagoas foi apresentado à Comissão de Meio Ambiente e Recursos
Naturais pela prefeitura de Sete Lagoas, nesta terça-feira
(14/5/2002), em audiência da Comissão naquela cidade. Na audiência,
que foi realizada no auditório da Embrapa de Sete Lagoas e teve mais
de três horas de duração, foi discutida a poluição causada por
vários córregos que recebem detritos de indústrias e de esgotos
domiciliares da região e deságuam no rio Jequitibá, afluente do rio
das Velhas, que abastece Belo Horizonte.
O projeto, apresentado pelo Serviço Autônomo de
Água e Esgoto (Saae), órgão ligado à prefeitura de Sete Lagoas,
propõe a construção de duas estações de tratamento de esgoto em duas
bacias da região e teria um custo de quase 16 milhões de reais.
Segundo dados apresentados na reunião, atualmente apenas três
indústrias da região possuem tratamento de esgoto. O tratamento de
esgoto domiciliar atende só 20 mil dos 180 mil habitantes da
região.
Para o presidente da Comissão, deputado José Milton
(PL), o levantamento de informações e o debate sobre o problema foi
positivo, mas não é o suficiente. "É importante que o que foi
apresentado possa ser colocado em prática o mais rápido possível,
mas, para isso, é necessário investimento público", afirmou o
parlamentar. De acordo com ele, a Comissão apresentará o relatório
final da audiência ao Poder Executivo: "O que a Comissão pode fazer
é expor o problema e o projeto a órgãos como o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Ministério do Meio
Ambiente", disse.
Também participaram da reunião o deputado Márcio
Cunha (PMDB); o vereador Mário Lúcio Moreira Lopes, presidente da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Sete
Lagoas; o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo de Sete Lagoas, Derli
Prudente Santana; e o coordenador do Projeto Manuelzão, Tomás da
Mata Machado.
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