Deputados debatem desenvolvimento do turismo em Minas
A Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do
Turismo (Cooperatur) e o Serviço Social do Comércio (Sesc) estão
trabalhando juntos pelo desenvolvimento do turismo em Minas Gerais.
Os dois órgãos apresentaram seus trabalhos à Comissão de Turismo,
Indústria e Comércio, nesta quarta-feira (24/4/2002). O Sesc vai
promover um encontro técnico-cultural com a proposta de discutir a
realidade do ecoturismo no Brasil, nos dias 7 a 9 de junho. "A
diversidade da cultura e do turismo em Minas são grandes, é preciso
mostrá-los aos mineiros e a outros estados", salientou o deputado
Márcio Cunha (PMDB).
Desenvolver um programa de turismo social e
cultural inclusivo, promover a integração interpessoal, propiciar o
enriquecimento cultural com ênfase para a educação no turismo, e
possibilitar o desenvolvimento integral da saúde, são os objetivos
citados pela diretora de Lazer e Turismo do Serviço Social do
Comércio (Sesc), Neide Bueno.
Márcia de Araújo Paiva, vice-presidente do
Minascentro, disse que o número de eventos em Belo Horizonte não
cresce há três anos, e que é necessário um estudo com o intuito de
trazer para Minas grandes eventos, além de conseguir dotação
orçamentária para o órgão, o que hoje consiste no maior
problema.
Visita ao aeroporto de Confins- O deputado Pastor George (PL) iniciou a reunião da
Comissão de Turismo, Indústria e Comércio, nesta quarta-feira, na
Assembléia Legislativa, relatando a visita da Comissão ao aeroporto
de Confins, no dia 15 de abril. De acordo com o deputado, o
diretor-superintendente do aeroporto, Ricardo José Rosa Rodrigues,
informou que a demanda de vôos no Brasil nos últimos anos cresceu na
proporção de 8,7% ao ano, enquanto em Confins houve uma queda da
ordem de 12%.
Ricardo Rodrigues justificou a situação, segundo
relatório da visita, dizendo que os órgãos governamentais
competentes vêm tomando medidas, desde a década de 90, que não
contribuem para o desenvolvimento do aeroporto de Confins, como, por
exemplo, a autorização para aeronaves de médio porte operarem no
aeroporto da Pampulha, o que provocou a transferência de quase todos
os vôos das empresas brasileiras de Confins para a Pampulha.
O deputado disse que seria de fundamental
importância que o Departamento de Aviação Civil (DAC) restabelecesse
a volta da operação, na Pampulha, apenas de aeronaves com no máximo
76 assentos e os chamados Vôos Diretos ao Centro (VDC), liberando
também as tarifas aeroportuárias. Na Pampulha, a taxa de embarque
estabelecida é de R$ 7,20; e em Confins é de R$ 8,23. Ele disse,
ainda, que atualmente o aeroporto de Confins não é viável do ponto
de vista operacional.
Segundo Ricardo Rodrigues, o aeroporto de Confins
já dispõe da área para implantação do parque industrial previsto
pela Lei Estadual nº 13.449/2000. Esta lei criou o Pró-Confins, a
implantação do "aeroporto-indústria", mas nunca saiu do
papel.
Requerimentos - Foram
aprovados três requerimentos durante a reunião, todos de autoria do
deputado Pastor George (PL). O primeiro solicita uma audiência
pública conjunta da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio e
Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais, com os convidados que
menciona, para avaliar o potencial turístico e problemas
relacionados ao meio ambiente do Parque Estadual do Itacolomi. Outro
requerimento solicita a realização de uma audiência pública com a
participação dos membros efetivos do grupo coordenador do
Pró-Confins, para que prestem esclarecimentos a respeito das ações
até agora implementadas pelo grupo, para que a lei seja colocada em
prática.
O terceiro requerimento do deputado Pastor George
pede que seja enviada uma correspondência ao Departamento de Aviação
Civil, na pessoa de seu comandante, brigadeiro Venâncio Grossi,
pedindo informações mais detalhadas sobre a competência daquele
órgão, no que diz respeito às normas que foram estabelecidas nos
últimos anos que acabaram por afetar diretamente a bom funcionamento
do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, a partir do início da
década de 90.
Foi aprovado, também, um requerimento do deputado
Márcio Cunha (PMDB), solicitando a realização de audiência pública
com a participação dos administradores do aeroporto da Pampulha e do
Aeroporto Internacional Tancredo Neves, para discutir os problemas
que envolvem o funcionamento dos dois aeroportos.
Presenças - Participaram
da reunião os deputados Maria Olívia (PSDB), presidente da Comissão;
Ambrósio Pinto (PTB); Márcio Cunha (PMDB) e Pastor George (PL); além
da presidente da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do
Turismo (Cooperatur), Gilda Dias; da vice-presidente da Cooperatur,
Marcione Macedo; do representante do Conselho Empresarial de Turismo
da AC-Minas, Abel Fagundes; da diretora de Lazer e Turismo do
Serviço Social do Comércio (Sesc), Neide Bueno; da coordenadora de
Projetos Culturais do Sesc, Janice Fortine; do presidente da
Abrajet-MG, Sérgio Neves; da vice-presidente do Minascentro, Márcia
de Araújo Paiva e do presidente do BH Convention & Visitors
Bureau, Paulo Boechard.
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