Comissão discute problema da segurança em Araçuaí

"A situação da cadeia de Araçuaí é uma das piores do Estado de Minas Gerais." A afirmação é do deputado Wanderley Ávi...

19/04/2002 - 19:13
 

Comissão discute problema da segurança em Araçuaí

"A situação da cadeia de Araçuaí é uma das piores do Estado de Minas Gerais." A afirmação é do deputado Wanderley Ávila (PPS), que visitou, juntamente com os deputados Márcio Kangussu (PPS) e Marcelo Gonçalves (PDT), nesta sexta-feira (19/4/2002), a cadeia pública da cidade, na região Noroeste do Estado. Os deputados, da Comissão de Direitos Humanos, constataram, além da superlotação e da precariedade da prisão, problemas como a falta de defensoria pública e de um juiz no município.

A cadeia pública de Araçuaí fica em uma casa sem lage e sem muro, localizada na parte histórica da cidade, e tem mais de 100 anos. São 78 presos, originários dos sete municípios que constituem a comarca, em quatro celas que deveriam abrigar, no máximo, 18 detentos. Grande parte dos presos, segundo o delegado da comarca, Alberto Tadeu Cardoso de Oliveira, já foi julgada e deveria estar em penitenciárias. Não há espaço para que os detentos tomem banho de sol e as janelas da casa, que dão para a rua, oferecem grande facilidade para a entrada de armas e drogas no local. Os 78 presos são vigiados por apenas um policial por turno.

Obras interrompidas

A Comissão participou, ainda, de uma audiência pública, na Câmara Municipal de Araçuaí, com a presença da prefeita Maria do Carmo da Silva, vereadores, representantes do Ministério Público, promotores, polícias civil e militar e prefeitos da região. Os participantes discutiram, por duas horas, a questão da segurança na região e a urgência de sejam retomadas as obras da nova prisão para a comarca. Em 1998, foi iniciada, na cidade, a construção de uma nova cadeia pública, com capacidade para 50 detentos, mas os trabalhos foram suspensos um ano depois. A Comissão de Direitos Humanos visitou o local das obras e deve investigar as causas da interrupção da construção do novo prédio e o destino dos recursos que deveriam ter sido aplicados nas obras. "Ainda não sabemos qual é o órgão responsável pelos recursos destinados à construção da nova cadeia, mas buscaremos uma explicação e a resolução da questão", disse o presidente da Comissão, deputado Márcio Kangussu (PPS). Segundo o deputado Wanderley Ávila (PPS), a Comissão procurará intercederá junto ao governo do Estado para que sejam tomadas providências em relação aos problemas constatados pelos deputados na comarca.

 

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