Estado deixou de aplicar R$ 315 milhões na saúde em 2001

O Estado tem até 31 de dezembro de 2002 para liberar R$ 315 milhões em recursos empenhados pela Secretaria de Estado ...

11/04/2002 - 15:39
 

Estado deixou de aplicar R$ 315 milhões na saúde em 2001

O Estado tem até 31 de dezembro de 2002 para liberar R$ 315 milhões em recursos empenhados pela Secretaria de Estado da Saúde, no orçamento do ano passado, segundo o secretário da Saúde, general Carlos Patrício Freitas Pereira. O secretário, que foi ouvido pela Comissão de Saúde nesta quinta-feira (11/4/2002), disse que, dos R$ 715 milhões destinados à área, apenas R$ 400 milhões foram efetivamente aplicados.

Ele informou, ainda, que o Estado destinou à Saúde 8,87% de sua receita líquida de R$ 8,64 bilhões, percentual acima do estabelecido pela Emenda Constitucional 29/2000, que é 8,25%. Os recursos previstos não foram liberados pela Secretaria da Fazenda, segundo Carlos Patrício, por problemas no fluxo de caixa. O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) cobrou a liberação do restante dos recursos. "É inaceitável que esse valor não tenha sido liberado. A Saúde não é uma questão virtual e nem orçamentária, mas, sim, uma realidade", declarou o deputado. Segundo ele, foram acertados convênios para garantir a questão contábil, mas a Saúde não foi contemplada.

Secretário confirma epidemia de dengue

O secretário de Estado da Saúde confirmou a existência de epidemia de dengue em Minas Gerais. Ele apresentou números relativos à incidência da doença, segundo os quais foram notificados 25 mil casos. Desse total, cerca de sete mil foram devidamente avaliados, sendo confirmados 3,4 mil casos. Em relação à dengue hemorrágica, houve até agora 50 suspeitas, sendo confirmados 16 casos. Nenhum óbito foi confirmado e quatro estão em fase de apuração.

"A incidência da dengue em Minas é menor que nos estados limítrofes, mas a situação é grave e não podemos nos acomodar. A ameaça da doença transcende a área da Saúde, passando pela limpeza urbana, educação, meio ambiente, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, além dos próprios cidadãos", afirmou o secretário. Para ele, o combate à dengue deve ser realizado de forma integrada com a União.

O coordenador de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Francisco Leopoldo Lemos, disse que há deficiência no quadro de pessoal para fazer as inspeções em residências. Segundo ele, a Secretaria está promovendo campanhas publicitárias, treinamento de agentes, supervisão de municípios e aquisição de equipamentos de aplicação de inseticida nas ações de combate à dengue.

Também compuseram a mesa a superintendente de Finanças da SES, Vânia Maria Souza Melo Pinto da Cunha; a superintendente de Planejamento e Coordenação da SES, Maria Auxiliadora Sales Gonçalves; a superintendente adjunta de Epidemiologia da SES, Norma Sônia Fernandes Dias; e o superintendente da Fhemig, Fausto Ferrer Froes.

Presenças - Participaram da reunião os deputados José Braga (PMDB), que presidiu os trabalhos; Adelmo Carneiro Leão (PT); Carlos Pimenta (PDT); e Márcio Kangussu (PPS).

 

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