FFO analisa projeto que aumenta jornada na Saúde

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia aprovou, na manhã desta quarta-feira (20/3/2002), ...

21/03/2002 - 10:25
 

FFO analisa projeto que aumenta jornada na Saúde

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia aprovou, na manhã desta quarta-feira (20/3/2002), o parecer de 1º turno sobre o Projeto de Lei (PL) 1.759/2001, do governador, que amplia a jornada de trabalho das classes de Auxiliar Administrativo, Técnico Administrativo e Analista de Administração, de nível I, II e III, e dos Analistas de Obras Públicas, da Cultura, de Planejamento e em Comunicação Social, todos de nível superior, da Secretaria de Estado da Saúde, de 30 para 40 horas semanais. O projeto também altera o Decreto 36.737/95, que dispõe sobre a ampliação de jornada. O relator, deputado Rêmolo Aloise (PFL) opinou pela aprovação do PL 1.759/2001 na forma do substitutivo nº 1, apresentado pela Comissão de Administração Pública, com a emenda nº 1, apresentada por ele. O projeto está pronto para ser discutido e votado em Plenário, no 1º turno.

Segundo o parecer, a emenda nº 1 foi uma sugestão do deputado Rogério Correia (PT) e do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde (Sind-Saúde), para garantir a isonomia entre servidores lotados na mesma Secretaria. Com a aprovação do PL 1.761/2001, transformado na Lei 14.176/2002, foi criada a Gratificação de Saúde, que ficou restrita aos servidores da área-fim da Secretaria. A emenda nº 1 permite a opção, por parte dos demais servidores, pela recepção dessa gratificação, em substituição ao horário de oito horas. "Segundo os cálculos da SES, essa opção, caso seja feita por todos os servidores, acarretaria um aumento na folha de pessoal da Secretaria de 4,6%, percentual menor do que o que seria atingido no caso da opção pelas 8 horas", diz o parecer.

O parecer informa, ainda, que o projeto trata não só alteração da carga horária como também da alteração dos vencimentos dos servidores que optarem pela jornada de 8 horas diárias. Dependendo do posicionamento do servidor na tabela, a mudança de carga horária pode representar um crescimento de 33% a 43% em seus vencimentos. A medida pode beneficiar até 1.300 servidores do quadro administrativo da Secretaria da Saúde, que estariam em condições de fazer a opção pelas 40 horas semanais.

Terceirização - Segundo estimativa da Secretaria, cerca de 1.000 servidores deverão escolher a nova carga horária, aumentando, portanto, o número de horas trabalhadas sem aumento correspondente de servidores. Ainda de acordo com a SES, seria reduzida, conseqüentemente, a necessidade de contratação de pessoal não concursado, por meio dos chamados contratos administrativos, com ganhos para a continuidade e regularidade dos serviços. O parecer ressalta que, segundo dados informados pela Secretaria, o número de funções terceirizadas no órgão já é superior a 60% do total dos servidores ali lotados, o que indica a necessidade de providências complementares ao simples aumento da carga horária.

Projeto retirado de pauta

Foi retirado da pauta, a requerimento do deputado Ivair Nogueira (PMDB), o PL 1.774/2001, do deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), que estrutura os quadros especiais de pessoal da administração pública estadual autárquica e fundacional, das instituições que menciona e dá outras providências. O projeto está sendo analisado em 1º turno e o relator é o presidente da Comissão de Fiscalização Financeira, deputado Mauro Lobo (PSB).

A Comissão apreciou outros três projetos que tratam de doação de imóveis a municípios. O resultado completo da reunião pode ser consultado na página da Assembléia na Internet, no endereço www.almg.gov.br, em Atividade Parlamentar/Comissões.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Mauro Lobo (PSB) - presidente; Ivair Nogueira (PMDB) - vice-presidente; Luiz Fernando Faria (PPB) e Rêmolo Aloise (PFL).

 

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